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Política Quarta-feira, 30 de Julho de 2025, 12:51 - A | A

Quarta-feira, 30 de Julho de 2025, 12h:51 - A | A

SEM TODES

Abilio interrompe professora da UFMT e veta uso de linguagem neutra em evento oficial

Maiara Max

Repórter | Estadão Mato Grosso

Fernanda Leite

Repórter | Estadão Mato Grosso

O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), interrompeu a fala de uma professora mestre e doutora pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), durante a abertura da 15ª Conferência Municipal de Saúde, realizada nesta quarta-feira, 30 de julho, na capital. O motivo foi o uso de linguagem neutra na saudação inicial da palestrante, o que, segundo o prefeito, é incompatível com os protocolos oficiais da administração municipal.

O episódio gerou ampla repercussão nas redes sociais e entre participantes da conferência, sendo interpretado por alguns como um ato de cunho homofóbico e racista. Abilio, no entanto, afirmou que a intervenção foi feita antes do início formal da palestra, durante a introdução do evento, e que o objetivo foi apenas garantir o uso da norma culta da língua portuguesa nos espaços institucionais da prefeitura.

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“O meu pedido para ela, antes dela iniciar a palestra, foi: "Aqui no município de Cuiabá, nós não usamos a linguagem neutra. No município de Cuiabá, usamos a língua portuguesa”, explicou o prefeito.

Segundo ele, após a saudação, a convidada teria dado continuidade a uma “militância ideológica” que, na visão da gestão, não deve ser parte da condução das discussões sobre políticas públicas de saúde.

“Aqui se respeita a prática da língua portuguesa e se respeita que as pessoas que vão participar da Conferência Municipal de Saúde não serão influenciadas por militância ideológica — nem de esquerda, nem de direita e de nenhum posicionamento ideológico, não faremos a acepção de pessoas”, afirmou.

Abilio também reforçou que, embora os participantes da conferência tenham liberdade de expressão, a condução oficial dos eventos e a formulação de políticas públicas devem seguir diretrizes institucionais.

“As pessoas podem se manifestar como quiserem, inclusive com a distorção da linguagem portuguesa. Elas podem. Mas eu não vou aceitar no nosso município como instrumento oficial. A Conferência Municipal de Saúde é um instrumento oficial patrocinado pelo município, a presidência da Conferência Municipal de Saúde é a Secretaria Municipal de Saúde [...] então, no nosso município, eu sou o prefeito. E sendo o prefeito, eu direciono que as políticas públicas que nós vamos discutir estarão condizentes com a língua portuguesa”, completou.

Veja vídeo:

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