A adolescente de 15 anos, moradora da cidade de Água Boa (630 km de Cuiabá), chegou a sugerir que seu namorado incriminasse o irmão, de apenas 3 anos, deixando a arma usada para executar toda a família nas mãos da criança, também morta. O crime, registrado no fim de junho na cidade fluminense de Itaperuna, foi motivado por um plano do casal para que o adolescente de 14 anos pudesse vir morar com a jovem mato-grossense.
Conforme informações do delegado Carlos Augusto Guimarães, que encabeça as investigações do caso no Rio de Janeiro, a ideia de colocar a arma nas mãos da criança tinha como objetivo assimilar as digitais da vítima na arma, na tentativa de enganar a Polícia sobre quem teria, de fato, apertado o gatilho.
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"O adolescente relatou em tempo real à namorada cada etapa do crime. Ela não apenas o incentivou a atirar na própria mãe, mas também propôs que ele incriminasse o irmão caçula", declarou Carlos em entrevista à imprensa local.
Ainda segundo o delegado, o adolescente envolveu a arma em uma fronha para tentar evitar que as suas digitais ficassem impressas. O crime ocorreu enquanto os pais do jovem dormiam sob efeito de remédios que ambos tomavam.
"Ele verificou que os pais estavam dormindo e desprotegidos. Envolveu a arma em uma fronha para evitar deixar digitais, mas a namorada sugeriu que ele a colocasse na mão do irmão para registrar as impressões da criança na arma", completou Carlos.
"Vou ter que matar eles mais cedo do que imaginava"
Conforme informado anteriormente pela reportagem do Estadão Mato Grosso, a execução dos pais do adolescente de 14 anos foi planejada pelo casal via mensagens no WhatsApp. Em um print de uma das conversas do casal, o adolescente afirma que tem um plano para matar os pais, só que teria de fazer mais cedo do que imaginava, devido a uma viagem que o pai iria fazer. Do outro lado da conversa, a adolescente disse ainda que matar a tiros seria mais garantido.
Conforme a investigação, o pai do rapaz não viajou. Porém, enquanto ele dormia, o filho abriu fogo contra ele, contra a mãe e depois contra o irmão, de apenas três anos. Segundo o delegado Matheus Soares, da Polícia Civil de Água Boa, a jovem mato-grossense participou ativamente do crime, incentivando o adolescente a cometer o crime.
“A menor participou ativamente incentivando o adolescente a cometer os crimes. Após matar o pai, ele enviou um áudio para ela: ‘matei meu pai’, e ela respondeu: ‘atira nela agora’, se referindo à mãe dele”, disse o delegado.
Matheus ainda disse que a jovem, durante depoimento na Polícia Civil, agiu com a mesma frieza e indiferença demonstrada pelo namorado. Em depoimento à Polícia do Rio, o garoto chegou a afirmar que faria tudo de novo.
Após o crime, os dois continuaram trocando juras de amor e fazendo brincadeiras por mensagens. A adolescente disse estar orgulhosa de que o namorado tenha feito isso “só para ficar com ela”, chegando a brincar: “Nunca pensei que alguém faria isso por mim”. Eles também discutiram várias formas de se desfazer dos corpos.
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