O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) ajuizou uma ação de queixa-crime contra a vereadora por Cuiabá Maysa Leão (Republicanos). Ele a acusa de difamação na imprensa e na tribuna da Câmara Municipal de Cuiabá, após um vídeo que ele publicou sobre castração química de estupradores tomar grandes proporções e Maysa receber ameaças. Segundo o deputado, a vereadora o acusou de incitar ataques contra ela. O juiz João Bosco Soares da Silva, da 10ª Vara Criminal de Cuiabá, aceitou a queixa-crime e determinou que fosse designada a data da audiência de instrução.
“Assim sendo, recebo a Queixa Crime, dou o feito por saneado e determino que seja designada data para audiência de instrução e julgamento, de acordo com a pauta deste Juízo, expedindo-se os atos de comunicação necessários”, decidiu.
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O deputado estadual Gilberto Cattani decidiu antecipar a disputa judicial com a vereadora Maysa Leão (Republicanos) e, antes mesmo que a parlamentar recorresse à Justiça, ingressou com uma queixa-crime, além de solicitar a abertura de uma apuração por possível quebra de decoro na Comissão de Ética da Câmara Municipal. O parlamentar afirmou que está sendo acusado sem provas de incitar pessoas a cometerem crimes.
A vereadora chegou a chorar durante a sessão de quinta-feira ao relatar as ameaças que vem sofrendo, supostamente motivadas por um vídeo postado pelo deputado em suas redes sociais sobre castração para estupradores.
Em resposta, Cattani teria sugerido que a vereadora recorresse à Justiça para punir os responsáveis pelas ameaças. Diante da repercussão do caso, especialmente na Câmara, onde vereadores manifestaram apoio a Maysa, o deputado decidiu levar o conflito à esfera judicial.
O conflito teve origem em um podcast gravado em agosto de 2023, no qual Cattani defendeu a castração para estupradores. O deputado publicou um trecho da entrevista em suas redes sociais, incluindo a resposta de Maysa, que afirmou ser necessário debater amplamente o tema e considerou a castração física uma "barbárie" contra o criminoso. A vereadora alega que a edição do vídeo distorceu sua fala, dando a entender que ela defende estupradores. No entanto, a defesa de Cattani nega qualquer manipulação, afirmando que o trecho divulgado é fiel ao conteúdo original disponível no YouTube.