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Polícia Quarta-feira, 22 de Julho de 2020, 14:46 - A | A

Quarta-feira, 22 de Julho de 2020, 14h:46 - A | A

CRIME NO ALPHAVILLE

Após receber laudo, delegado não descarta reconstituição do crime

A investigação de acordo com Wagner Bassi ainda não tem uma previsão para ser concluída, mas que os trabalhos continuam de forma incessante

Jefferson Oliveira
Cuiabá

O delegado Wagner Bassi da Delegacia Especializada do Adolescente (DEA) e o delegado Francisco Kunze da Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica) receberam na tarde desta quarta-feira (22), um laudo preliminar da Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec) sobre a dinâmica do crime que tirou a vida de Isabele Guimarães Ramos, 14 anos, no último dia 12 de julho em uma residência do condomínio Alphaville I.

Informações preliminares apontam que no laudo que está em segredo de justiça, o disparo que matou a adolescente, teria sido disparado a uma curta distância de no máximo 40 centímetros, e que o tiro, teria partido em linha reta, na altura da narina da adolescente, o que descaracterizaria um possível disparo acidental, e vai contra a declaração dada pela autora do disparo, que alegou ter sido acidental.

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O delegado confirmou à nossa reportagem sobre o recebimento do laudo pericial, mas evitou aprofundar nos detalhes e se limitou a dizer que inicialmente o que vem sendo explanado, não é condizente com apresentada pela perícia.

“Realmente chegou um laudo para mim, mas as informações que saíram até o momento não são condizentes com o que está no laudo. Estamos avaliando realizar (reconstituição do crime), mas somente depois das perícias é que vamos fazer isso aí”, explicando que não descarta a possibilidade de realizar a reconstituição da fatídica noite que ceifou a vida da adolescente.

Na terça-feira (21), a mãe da adolescente morta falou com a imprensa após prestar depoimento ao delegado Wagner Bassi, e disse que a reconstituição da cena do crime, seria importantíssimo.

“Seria super importante e essencial essa reconstrução do crime, para saber o que aconteceu. Se foi um acidente não sei, mas a polícia vai investigar… Como isso aconteceu e o porquê disso, eu estou esperando o trabalho da polícia”, detalhou.

Bassi ainda disse a equipe do Estadão Mato Grosso, que pediu mais laudos nesta quarta-feira e mais análises para que possa ser feita a conclusão do inquérito. Wagner completou dizendo que durante toda essa semana deverá continuar ouvindo testemunhas, mas as duas principais peças da investigação, o empresário e sua filha de 14 anos, ainda não tem data marcada para depor.

Nesta quarta-feira, também foram ouvidos na Deddica, o agropecuarista e sogro da adolescente que fez o disparo e seu filho de 16 anos. O homem é proprietário da arma que matou a adolescente. Já seu filho é namorado da adolescente investigada e seria o responsável por ter levado a arma para a casa do sogro e deixado lá.

Ambos saíram em silêncio da delegacia e não estavam com advogados. 

A mãe da adolescente morta iria depor também na Deddica nesta quarta-feira, mas o depoimento foi remarcado para a quinta-feira (23), assim como outras testemunhas do caso que completa 10 dias nesta quarta-feira.

A investigação de acordo com Wagner Bassi ainda não tem uma previsão para ser concluída, mas que os trabalhos continuam de forma incessante, para elucidar o caso.

*Nomes dos envolvidos preservados em cumprimento ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)

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