O promotor Milton Mattos, da Promotoria de Saúde Coletiva do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), disse não haver problema na aquisição, pelo Município de Cuiabá, de medicamentos voltados para emagrecer. Recentemente, o assunto tem sido destaque após a vereadora Michelly Alencar (União) anunciar a destinação de R$ 1,2 milhão para compra de Mounjaro.
O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), disse que vai destinar mais R$ 1,2 milhão para somar com os recursos da emenda parlamentar de Michelly. A expectativa do prefeito é impactar, inicialmente, mil pessoas. A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) também estuda o medicamento para reduzir o número de cirurgias bariátricas.
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“É uma decisão enquanto gestor. Eu acredito que isso já deve estar dentro do planejamento do Município, que não basta dar o medicamento, é preciso ter o acompanhamento médico, porque há estudos que falam, a pessoa que toma esses medicamentos para emagrecer, se não houver uma mudança de comportamento, um acompanhamento, ela volta a engordar”, disse.
“É uma política que ele (Abílio) está implementando enquanto gestor, nós enquanto Ministério Público, a gente fiscaliza se tem alguma ilegalidade, alguma irregularidade. Se estiver tudo aprovado pela Anvisa, estiver tudo dentro do que determina os regramentos do SUS [Sistema Único de Saúde], não há nenhum problema”, completou Milton Mattos.
Cuiabá quer ser referência no combate à obesidade
De acordo com a vereadora Michelly Alencar, Cuiabá pode se tornar referência no combate à obesidade. Hoje, o município ocupa a quarta posição dentre as capitais com mais obesidade. O município estuda destinar o Mounjaro para pessoas com Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 35 e também oferecer apoio psicológico e incentivo à prática de atividades físicas.
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