O anúncio da possível extinção da Coder (Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis) acendeu o alerta entre servidores e lideranças políticas do município. A medida pode impactar diretamente cerca de 700 trabalhadores que prestam serviços de limpeza e pavimentação na cidade e têm na empresa o único sustento de suas famílias.
O deputado estadual Thiago Silva (MDB) se manifestou contra o fechamento da companhia e cobrou uma alternativa do poder público para garantir a continuidade dos empregos e da prestação dos serviços.
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“Estamos falando de 700 trabalhadores que dedicaram toda uma vida ao desenvolvimento de Rondonópolis-MT. São pessoas que hoje estão em estado de choque, sem saber o que fazer. O caminho precisa ser a renegociação dessa dívida. O poder público pode sim recorrer, buscar o Tribunal de Contas, negociar os valores, tirar juros e multas. Não podemos aceitar o fechamento dessa porta de trabalho para essa famílias”, disse o parlamentar.
Criada em 1977, a Coder é responsável pelos serviços como limpeza urbana, tapa-buracos e pavimentação de ruas e sua dívida é superior a R$260 milhões. Segundo o deputado, muitos destes profissionais, fizeram parte da construção do município. “Esses trabalhadores deram a vida pela empresa e pela cidade. A Coder faz parte da identidade de Rondonópolis. Não podemos deixá-los desamparados da noite para o dia”, reforçou.
“Não fomos procurados oficialmente pela direção da Coder, mas estamos abertos ao diálogo. Há caminhos legais para renegociar, ajustar a situação financeira e manter os postos de trabalho. É hora de buscar soluções, não de abandonar quem tanto fez por Rondonópolis”, afirmou.
Thiago também revelou que tem atuado em articulações políticas para evitar o encerramento das atividades da empresa, inclusive dentro de seu partido, o MDB, que se posicionou contra a extinção. Ele espera que o prefeito Cláudio Ferreira (PL) se sensibilize com a situação dos trabalhadores.
“Tenho conversado com lideranças e com o partido, que é contra essa decisão. Espero que o prefeito reconsidere, que ouça os servidores e a população. É hora de cuidar das pessoas que construíram esta cidade com tanto esforço”, finalizou.
Para o prefeito, a única alternativa será a criação de uma cooperativa com apoio do município para absorver parte dos trabalhadores.
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