Em meio à tensão gerada pela taxação de 50% sobre produtos brasileiros anunciada por Donald Trump, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reagiu com bom humor, mas não sem recado. Em um vídeo publicado neste domingo, 13 de julho, nas redes sociais da primeira-dama Janja da Silva, Lula disse que pretende levar jabuticaba ao presidente norte-americano.
“Vim chupar jabuticaba de manhã. Porque eu duvido que alguém que chupe jabuticaba fique com mau humor. Eu vou levar jabuticaba para você, Trump. E você vai perceber, sabe, que o cara que come jabuticaba de manhã num país que só ele dá jabuticaba, sabe, não precisa de briga tarifária, precisa de muita união e de muita relação diplomática. É isso”, declarou Lula.
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A fala acontece após Trump anunciar uma tarifa de 50% sobre todos os produtos importados do Brasil, com validade a partir de 1º de agosto. A decisão foi comunicada ao presidente brasileiro por meio de uma carta.
Diante da medida, o governo brasileiro já se articula para reagir. O vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que o país deve aplicar a Lei de Reciprocidade Econômica, sancionada em abril, como resposta direta à taxação.
“Esta lei [de reciprocidade] precisa ser regulamentada, a regulamentação, que é por decreto, deve estar saindo amanhã ou terça-feira. Agora, o governo vai trabalhar no sentido de reverter essa taxação, porque entendemos que ela é inadequada, ela não se justifica, além de recorrer à Organização Mundial do Comércio”, declarou Alckmin neste domingo (13).
Lula, por sua vez, já havia antecipado a estratégia em entrevistas à TV. “A gente pode cobrar coerência dos Estados Unidos em relação à aplicação de taxas sobre os produtos de outros países. Podemos, com a OMC, encontrar países que foram taxados pelos Estados Unidos e, juntos, entrar com recursos”, disse.
“Há toda uma tramitação que a gente pode fazer. Se nada disso der resultado, vamos acionar a Lei da Reciprocidade. E vamos ter que procurar outros parceiros para comprar nossos produtos. O comércio entre o Brasil e os Estados Unidos representa apenas 1,7% do nosso PIB. Não é essa coisa que a gente não pode sobreviver sem os Estados Unidos. Não é assim”, concluiu o presidente.
Veja vídeo: