A senadora em exercício Margareth Buzetti (PSD) afirmou que irá se licenciar do cargo no final de novembro ou início de dezembro de 2025, abrindo espaço para que o segundo suplente da chapa, o advogado José Lacerda (PSD), assuma o mandato. A declaração põe fim a uma disputa velada entre os dois sobre o cumprimento de um acordo firmado ainda antes da nomeação do titular do cargo, Carlos Fávaro (PSD), ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
“Eu falei que eu sairia para o segundo suplente assumir e eu cumprirei isso. No final de novembro, início de dezembro devo sair”, disse.
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Desde que assumiu a cadeira deixada por Fávaro, que se licenciou para compor o primeiro escalão do governo Lula (PT), Buzetti enfrentou críticas do colega de partido José Lacerda. O suplente cobra o cumprimento de um suposto acerto político que previa um revezamento na vaga. Nos bastidores, Lacerda chegou a acusar a colega de não ter palavra e alegou que, se estivesse na função, teria votado com a base do governo em temas estratégicos, como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita decisões individuais de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
A insatisfação de Lacerda também tem raízes na movimentação política que permitiu sua entrada na suplência. Para viabilizar a nomeação de Fávaro como ministro, ele e Buzetti aceitaram migrar para o PSD a pedido da cúpula nacional do partido. Desde então, no entanto, o clima entre os dois suplentes foi de tensão.
Em entrevistas recentes, Lacerda afirmou que a política exige lealdade e que muitos ocupam espaços sem entender a responsabilidade do cargo. Também destacou que sua saída do MDB fez parte de uma construção política que visava garantir estabilidade à base governista no Congresso.
Com a saída de Buzetti prevista para o fim do ano, Lacerda deve assumir o mandato por cerca de quatro meses — período suficiente para que ele registre presença no Senado, proponha projetos e ganhe visibilidade com vistas ao cenário eleitoral de 2026.
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