O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), declarou para jornalistas nesta terça-feira, 1º de julho, que toda invasão de área pública na capital envolve apoio de pessoas da classe política.
“Toda invasão em Cuiabá tem político. Não tem como uma ocupação ter máquinas já no início da invasão. Alguém está investindo nisso para ganhar voto depois”, afirmou o prefeito.
- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)
- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)
Ele cita que vereadores, deputados e candidatos interessados em arrecadar votos de famílias carentes e que precisam de moradia investem neste processo, estruturando o grupo com máquinas e mapeamento organizado.
Abílio alertou que não se deve culpar apenas as facções ou as famílias envolvidas, mas também investigar quem incentiva e financia essas ações para fins eleitorais, defendendo que deveria existir a abertura de processos de cassação de mandatos destes políticos.
Abílio ainda declarou que a sociedade não deve atribuir a culpa exclusivamente às facções criminosas ou às famílias que ocupam os terrenos, pois essas pessoas acabam sendo manipuladas por interesses políticos e econômicos.
A ocupação irregular gera prejuízos ao planejamento urbano, dificulta a oferta de serviços básicos, como energia e abastecimento de água e coloca em risco a vida das pessoas que vivem sem infraestrutura.
Neste ano, o Grupo de Atuação Especial de Combate a Organizações Criminosas (Gaeco) identificou e qualificou alguns dos prováveis líderes da organização. As investigações revelaram que o plano envolvia a divisão da área em ruas e lotes, com integrantes do grupo responsáveis por criar e administrar canais de comunicação, principalmente via aplicativos de mensagens, para organizar a invasão e informar sobre datas, locais e valores cobrados dos futuros invasores.
