O ex-governador Júlio Campos (DEM) criticou na manhã desta segunda-feira (25) a fusão do seu partido com o PSL, que deu origem ao União Brasil. Ele acusa o presidente nacional do Democratas, Antônio Carlos Peixoto de Magalhães Neto (ACM Neto), de não ter consultado os filiados.
De acordo com Júlio, que é um dos fundadores do DEM, a decisão de ACM foi apenas decidida com a cúpula da direção nacional, e que tal medida, pode fazer com que a sigla já nasça dividida.
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“Foi um erro grave do ACM Neto tomar essa decisão por conta própria sem ouvir as bases. Nunca telefonou ou mandou um comunicado para consultar nós, os fundadores do DEM, para saber se concordavam ou não com essa filiação. Foi um gesto pessoal do presidente do partido com a sua cúpula que de última hora já comunicou que estava fundindo e isso é coisa malfeita que pode não dar certo”, disse o democrata.
Júlio ainda disse que não sabe se ficará no partido e não se filiou no União Brasil. Na visão de Júlio, as desfiliações serão naturais, já que o DEM tinha uma filosofia, o PSL outra filosofia que defendia o presidente Bolsonaro, enquanto ele acredita que seja necessária uma terceira via.
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O experiente político foi consultado para assumir a presidência estadual do novo partido, mas inicialmente, Júlio descartou essa possibilidade.
“Eu já dei a minha contribuição no PDS, no PFL, no DEM e, a hora do União Brasil que é um partido novo fruto da fusão do Democratas com o PSL, acho que dá para compor um quadro novo, diferente, com alguém que pudesse agregar, mas se não tiver outra pessoa pode ser que eu possa cumprir ainda essa missão, mas não está em meu plano nenhum cargo neste momento”, explicou.
Por fim, Júlio disse que, anteriormente no DEM, era pré-candidato a deputado estadual, mas agora com essa fusão, o quadro político mudou e ele não sabe se concorrerá a algum cargo em 2022.
