A vice-presidente da Assembleia Legislativa, deputada Janaina Riva (MDB), decidiu manter o posicionamento de não disputar a composição da Mesa Diretoria para o próximo biênio. Ela reforçou que sua decisão independe do comunicado a ser feito pelo presidente da Casa, Eduardo Botelho (União). Ele deve revelar se irá ou não disputar um quarto mandato como presidente da AL na noite desta terça-feira, 22 de novembro, durante um jantar na casa da emedebista.
Janaina comentou que o comunicado de Botelho causou surpresa já que a reunião, segundo ela, seria para tratar de outros assuntos do Legislativo.
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“Para mim não muda nada, eu vou continuar observando, como eu sempre disse: não dá para você ser candidata de você. O que eu faço sempre é reunir um grupo de colegas e parceiros. Hoje a gente tem uma relação próximo dentro do MDB, com o PT, com outros partidos que estão dentro da Assembleia e eu tenho articulando com esses deputados para gente manter o bloco unido, pensando no futuro”, disse em entrevista à imprensa nesta terça.
Janaina ainda comentou que, caso Botelho seja impedido de se candidatar à reeleição, o mais provável é que o grupo lance o atual primeiro-secretário, Max Russi (PSB), que já ocupou a presidência enquanto Botelho esteve impedido por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Hoje todos os deputados que não sejam presidente ou secretário vão ter uma barreira para enfrentar. Enquanto o presidente ou o secretário quiserem permanecer vão permanecer”, destacou.
Janaina tem reiteradamente criticado a falta de abertura para que novos parlamentares assumam a direção da Casa. Ela ressalta que caso não haja um entendimento entre os deputados sobre uma “oxigenação”, não haverá mudanças nos próximos anos na Assembleia.
Consulta
Botelho tem feito mistério sobre a possibilidade de reeleição à presidência. Recentemente, ele falou que protocolou uma consulta no Supremo Tribunal Federal (STF) acerca da possibilidade de se candidatar à reeleição ao cargo, além disso, ele também se reuniu com a equipe jurídica de seu partido para discutir o assunto.
O receio de Botelho é que se repita o mesmo que aconteceu no ano passado, quando o STF determinou a suspensão e posse dos eleitos da Mesa Diretora para o biênio 2021/2022. A recondução de Botelho, pela terceira vez consecutiva, foi considerada inconstitucional na época, mas um ano depois, ele conseguiu retornar à função.
