O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), negou que tenha interferência do Executivo no processo de afastamento do vereador Tenente Coronel Paccola (Republicanos). Em conversa com jornalistas nesta quinta-feira, 14 de julho, ele comentou que os parlamentares devem apresentar uma resposta à sociedade, já que estão "super expostos" a uma situação constrangedora.
Paccola é investigado pela morte do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa durante uma confusão em uma distribuidora de bebidas no Centro de Cuiabá, na noite do dia 1º de julho. O vereador alega que agiu em legítima defesa, mas sua versão é contestada pelo Ministério Público, que pediu a prisão preventiva do parlamentar. O pedido foi negado pela Justiça.
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“Eu disse que a decisão deveria ser rápida, porque é um processo massacrante, expondo o Legislativo e expondo os vereadores, mas eu mantenho sempre a minha postura. Os Poderes devem ser independentes e harmônicos entre si. Eu não me envolvo. Essa é uma decisão da Câmara Municipal de Cuiabá. […] Só acho que a Câmara fez uma opção pelo devido processo legal, pelo respeito às normas, então agora é aguentar mais duas semanas de superexposição e de uma indefinição”, disse, durante o lançamento do projeto IPTU Sustentável.
“Eu não queria estar na pele dos vereadores”, enfatizou.
Emanuel disse que antes da morte do servidor, nem lembrava da "existência desse vereador" e comentou que Paccola está “desesperado” para tentar dar um viés político no processo de afastamento.
“Está na cara que o vereador está enrolado, ele está desesperado, e precisa achar um culpado e precisa dar um viés político que não vai caber, que não vai pegar. Ele precisa dar um viés político à barbaridade acontecida. Então, que a Justiça aja e que a Câmara faça seu julgamento político sem interferência de ninguém, baseada nos fatos”, destacou
Por 15 votos contra 7, a Câmara aprovou um requerimento apresentado pelo vereador Sargento Vidal (MDB) que pedia que o processo passasse pelo crivo da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) antes da votação em plenário. Com isso, o afastamento só será analisado em agosto, quando os vereadores retornarem do recesso parlamentar.