O ministro da Agricultura Carlos Fávaro, senador licenciado por Mato Grosso, foi alvo de críticas do ex-ministro do Meio Ambiente e deputado federal Ricardo Salles (Novo-SP), durante visita a Cuiabá nesta terça-feira, 27 de maio. Em conversa com jornalistas, Salles disse que Fávaro abraçou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para se eleger e, logo em seguida, “correu para o colo” do presidente Lula (PT).
Na ocasião, Salles falava sobre a importância de impulsionar nomes que realmente se enquadram na direita brasileira. Na eleição suplementar ao Senado em 2020, Fávaro articulou apoio de Bolsonaro à sua candidatura, mas o ex-presidente declarou apoio à deputada federal Coronel Fernanda (PL). Ela teve votação expressiva, mas foi derrotada por Fávaro.
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“Nós temos que saber diferenciar evidentemente a direita que é de fato direita, que tem história, tem princípios, tem valores que se coadunam com a visão conservadora, com aqueles que se dizem de direita por conveniência. Vocês têm um caso aqui em Mato Grosso, de alguém que se elegeu abraçado no Bolsonaro e correu para o colo do Lula no dia seguinte. Isso prova que nem todo mundo que se diz de direita é, de fato, de direita”, falou.
Após ter se agarrado a Bolsonaro em 2020, Fávaro montou uma frente de apoio ao presidente Lula nas eleições de 2022, ajudando a construir a "ponte com o agronegócio". O ministro costurou alianças para que Neri Geller tivesse o apoio de Lula na candidatura a senador. Além disso, ele entrou de “cabeça” na campanha petista em Mato Grosso, estado que é reduto bolsonarista.
“É o caso do Fávaro. O Fávaro se elegeu se dizendo bolsonarista de direita, no dia seguinte virou ministro do Lula”, disparou Salles.