O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União), criticou os bloqueios que estão sendo realizados em vários pontos de rodovia em todo o país, por manifestantes que não aceitaram a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das eleições.
Botelho classificou o movimento como “baderna” e citou que o ato está prejudicando o estado onde Bolsonaro conseguiu uma votação expressiva, tanto no primeiro quanto no segundo turno.
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“Não tem sentido isso, não tem nenhuma comprovação de fraude, de nada. É uma insensatez esse movimento e, na verdade, não é um movimento político, já está se transformando, na minha opinião, em baderna e dando prejuízo para a própria sociedade”, disse.
Botelho defendeu que a polícia intervenha para desobstruir os pontos de bloqueios. A ação da Polícia Militar e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) já foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas o governo de Mato Grosso optou por negociar com os manifestantes antes de proceder ao uso da força.
“A polícia tem que agir para acabar com esses bloqueios imediatamente e multar, não pode esquecer da multa”, disse.
No início da manhã desta terça-feira, 1° de novembro, Mato Grosso tinha 24 pontos de intervenções, número que cresceu ao longo do dia. Ao final da tarde, já eram registrados 31 pontos de bloqueios nas estradas de Mato Grosso.
As manifestações começaram na noite de domingo, 30 de outubro, após o resultado do segundo turno das eleições. A vitória de Lula (PT) não agradou os manifestantes, que fecharam trechos dos principais trechos de rodovias no país.
INVESTIGAÇÃO - O Ministério Público Federal (MPF) determinou à Superintendência da Polícia Federal em Mato Grosso que seja instaurado um inquérito policial para apurar os crimes praticados nas obstruções realizadas nas rodovias federais no estado.
O MPF aponta que a não aceitação do resultado das eleições, com emprego de violência ou grave ameaça, configura tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.