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Polícia Quarta-feira, 28 de Maio de 2025, 15:24 - A | A

Quarta-feira, 28 de Maio de 2025, 15h:24 - A | A

ASSASSINO DE FARDA

Mulher foi torturada e morta na frente dos filhos, relata prima de Gabriele

Militar teria desfigurado o rosto da esposa antes de executá-la na frente das crianças

Igor Guilherme

Repórter | Estadão Mato Grosso

Detalhes chocante sobre a execução de Gabriele de Souza vem à tona após familiares da vítima revelarem que a mulher, além de ser morta a tiros na frente dos filhos, também foi torturada. Gabriele foi morta por seu marido, o soldado da Polícia Militar, Ricker Maximiano de Moraes, de 35 anos, no último domingo, 25 de maio. O palco do crime foi a casa onde o casal vivia, no bairro Praeiro, em Cuiabá.

As informações sobre a tragédia foram reveladas nesta quarta-feira, 28 de maio, durante entrevista de uma das parentes da vítima, Elaine Cristina, prima de Gabriele, ao programa Cadeia Neles, veiculado na TV Vila Real.

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“Amorosa, amigável, meiga, uma pessoa amada por todos ao redor, por familiares, amigos de serviço, em tudo. Ela era uma pessoa muito amada, não tinha nada de negativo dela para falar”, relatou Elaine à equipe do Cadeia Neles.

Em entrevista, Elaine relatou que nunca recebeu nenhuma informação que Ricker foi agressivo com Gabriele, mas que a vítima já pediu o divórcio, conseguindo inclusive a guarda do filho mais velho do casal.

A vítima tinha familiares no estado do Pará e foi embora de Mato Grosso. Porém, na madrugada seguinte a sua chegada, Ricker foi atrás dela. No Pará, Ricker e Gabriele foram então para a chácara de um dos primos da vítima.

“Os primos, todos que estavam lá, falaram que ele demonstrou ciúmes porque um dos primos chegou e falou para ela: 'Nossa Gaby você tá linda!' Porque realmente ela é linda... era né, que Deus a tenha. E aí ele a abraçou e aí acho que aquele ar de ciúmes, de ciumento doentio cresceu, não sei o que aconteceu e ele puxou a arma para os primos e falou algumas coisas, asneiras, loucuras e os primos ficaram revoltados com ele e naquela mesma noite eles saíram para uma cidade próxima e ele a convenceu e trouxe ela de volta para cá”, relatou Elaine.

“Até então, a gente não sabe o que houve, o que levou ele fazer essa crueldade com ela, que a gente não aceita, é imperdoável. Ele é um monstro, covarde!”, completou.

No dia do crime, Elaine estava na igreja com o marido e filho quando parentes começaram a ligar desesperadamente. Elaine então saiu para atender o telefone e foi quando soube o que tinha acontecido.

Na busca por informações dos fatos e dos filhos de Gabriele, Elaine acabou ficando sabendo do ocorrido através de vizinhos, que relataram os gritos, os tiros e viram Ricker saindo com as crianças do local.

Elaine relatou que não conseguiu entrar na cena do crime, mas seu marido entrou. O local estava cheio de sangue, sinalizando que Ricker arrastou o corpo da vítima pela casa.

Ainda segundo o marido de Elaine, Ricker e Gabriele, aparentemente, tiveram uma briga no local e que com a briga a violência escalou e terminou com a morte da vítima.

“A gente acredita que ela foi agredida antes de ser assassinada. Porque, segundo informações que passaram para gente, o corpo dela nas costas tinha facada. Os braços tinham rastros de faca, o rosto, atrás da orelha, no pescoço. E o cabelo dela também, que é longo e comprido, estava todo picotado, mas o cabelo dela sumiu e ninguém sabe o que aconteceu.

Ainda em relação à suposta briga entre Gabriele e Ricker, Elaine relata que sua prima pode ter pegado uma faca para se defender na discussão e na escalada da violência o crime acabou se desenrolando.

Questionada se ela acredita que Gabriele foi torturada por Ricker, Elaine afirma que sim.

“Devido a ele ser muito ciumento, doentio. Até mesmo comigo, que sou prima, ele tinha ciúmes, com os primos também. Então ele tinha um ciúme muito doentio, ele não demonstrava muito para gente, os parentes. Na verdade, ele tinha pouca convivência com os parentes nossos, mas quando ele estava junto ele sempre demonstrava sorridente. Mas só ela e ele sabiam o que ocorria na casa” declarou Elaine.

No Pará, quando os parentes da vítima vitima viram o corpo dela, notaram que estava completamente desfigurado.

“Uma parte da cabeça dela estava amassada. Tinha um caroço na testa dela. O maxilar dela estava quebrado, tipo que ele nocauteou ela. E minha tia ainda falou: “Filha, cadê o cabelo dela?”, declarou Elaine.

Muito emocionada, Elaine terminou a entrevista dizendo que quer apenas que a justiça seja feita.

Leia mais sobre o caso aqui.

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