Uma mulher suspeita integrar uma associação criminosa envolvida em crime de roubo na modalidade “sapatinho via pix” foi presa em flagrante pela Polícia Civil, na quinta-feira (23.09), durante trabalho investigativo realizado pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Várzea Grande (Derf-VG).
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A ação contou com apoio da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI) que recuperou parte do valor subtraído da vítima.
A suspeita era a responsável por receber os pix transferidos por vítimas de roubos e difundir para outras contas utilizadas pelo grupo e foi autuada em flagrante pelos crimes de associação criminosa armada, roubo majorado, concurso de pessoas e pelo emprego de arma de fogo.
As investigações iniciaram após a equipe da Derf-VG receber informações sobre um roubo a residência, no bairro Jardim Paula I, ocasião em que criminosos armados renderam a família e subtraíram objetos, valores em dinheiro, e não se contentando com o valor encontrado exigiram que a vítima fizesse a transferência de valores via pix.
No total, foram transferidos R$ 67 mil via pix para duas contas bancárias determinadas pelos suspeitos, sendo R$ 50 mil para uma conta do Banco Itaú e R$ 17 mil para uma conta digital PagSeguro.
Com base nas informações, a equipe da Derf-VG iniciou as diligências para localizar os responsáveis pelas contas bancárias conseguindo chegar à mulher, integrante da associação criminosa, que utilizava a conta do marido para a prática do crime.
Questionada, a suspeita inicialmente tentou negar os fatos, porém após a apresentação dos extratos confessou a sua participação no roubo, que era fornecer as contas bancárias para que os comparsas pudessem transferir o dinheiro roubado das vítimas.
A função era de grande responsabilidade, uma vez que a suspeita deveria fazer o acompanhamento em tempo real, para que no momento em que recebesse os valores, imediatamente disseminasse para contas bancárias de outros integrantes da associação criminosa, o que foi feito durante o roubo praticado pelo grupo.
Ela afirmou ainda que tinha conhecimento que o roubo aconteceria e que foi avisada pelos comparsas para ficar atenta para realização das transferências no momento exato em que os valores entrassem na conta.
Devido ao limite diário para transferência, não foi possível fazer a transferência total da quantia, sendo possível com apoio da Delegacia Especializada de Repressão à Crimes Informáticos (DRCI) recuperas R$ 21,5 mil subtraídos da vítima (R$ 17 mil na conta do Itaú e R$ 4,5 mil na conta da PagSeguro).
Segundo a delegada da Derf-VG, Elaine Fernandes de Souza, diante dos fatos ficou claro que muito além da receptação do valor, a conduzida integra a associação criminosa, uma vez que acordou com os comparsas previamente a ação, e fazia as transferências de valores enquanto os outros integrantes do grupo mantinha as vítimas reféns.
“É incontestável que a conduta da suspeita concorreu de forma positiva para o roubo, sendo sua participação fundamental no crime”, disse a delegada.
O delegado da DRCI, Ruy Guilherme, pontuou que a Polícia Civil de Mato Grosso tem avançado a passos largos no combate a crimes que envolve a utilização de meios tecnológicos e as pessoas que emprestam contas bancárias para criminosos responderão como partícipe pelo mesmo delito. "É necessária ação repressiva e forte por parte do Estado e a Polícia Civil de Mato Grosso tem feito isso com maestria", enfatizou o delegado.