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Judiciário Quarta-feira, 22 de Maio de 2024, 07:12 - A | A

Quarta-feira, 22 de Maio de 2024, 07h:12 - A | A

PEDIDO NEGADO

Membro de grupo que roubava cargas em MT pede HC após machucar o calcanhar

Bruna Cardoso

Repórter | Estadão Mato Grosso

O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, negou o pedido de Paulo Roberto Nunes de Souza, conhecido como “Dick”. Ele foi alvo da Operação Captivare, que investigou uma quadrilha que roubava cargas em rodovias de Mato Grosso. A defesa alegou que Paulo tem hipertensão, sofreu uma lesão e pediu por prisão domiciliar. Os argumentos não convenceram o juiz. A decisão foi publicada na última sexta-feira, 17.

“No caso, além de inexistir demonstração suficiente da gravidade da doença, não há informações da penitenciária que demonstrem que tenha sido negado ao réu o direito à saúde, o que desautoriza, portanto, a submissão do requerente ao regime domiciliar [...] Com essas considerações, indefiro o pedido em sua integralidade”, decidiu.

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A defesa também argumentou que Paulo não tem recebido os devidos cuidados da Penitenciaria Central do Estado (PCE) após uma lesão no tendão, que ocorreu por uma queda.

O Ministério Público do Estado (MPMT) manifestou contra o pedido e relatou que o preso está recebendo os cuidados médicos necessários dentro da PCE.

Para sustentar a decisão, o juiz explicou que no laudo da equipe médica e nutricionista, Paulo se encontra em um bom estado de saúde e nutricional. O laudo revelou que a equipe aferiu com ressonância magnética e outros exames o tornozelo machucado.

“Desta feita, não se visualiza – ao menos não com base na documentação anexa aos autos – a impossibilidade de tratar das enfermidades do requerente dentro do próprio estabelecimento prisional, não sendo possível presumir, à míngua de maiores elementos de prova, a imprescindibilidade da conversão da prisão preventiva em domiciliar”, sustentou.

Bezerra também explicou que não há nenhum documento apresentado, por parte da defesa, que comprove que a PCE não possui estruturas para tratar Paulo.  

Relembre crime

Paulo é apontado como integrante de uma quadrilha que aterrorizava caminhoneiros por Mato Grosso. Ele foi preso em julho de 2023 com mais outros 9 integrantes em Várzea Grande e Aripuanã.

Os criminosos aproveitavam o momento em que os caminhoneiros estavam trafegando em baixa velocidade e subiam nos veículos sem que os motoristas percebessem. Em certo momento, os integrantes anunciavam o assalto, forçando a parada e levavam os motoristas para um cativeiro.

As investigações tiveram início após os registros de roubos a motoristas de caminhões nos municípios de Rosário Oeste e Várzea Grande, em 2022. Ao analisar os fatos ocorridos, a polícia identificou as características semelhantes entre eles, o que apontou se tratar de um mesmo grupo criminoso praticando diversos crimes.

Além dos veículos e das cargas, o bando roubava outros pertences dos motoristas e, em alguns casos, realizavam transferências bancárias via PIX utilizando o celular da própria vítima.

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