O senador Wellington Fagundes (PL) disse ser inaceitável as restrições impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O ministro da Suprema Corte proibiu o ex-presidente de participar de lives e postar entrevistas em suas redes sociais ou de terceiros. A decisão é dessa segunda-feira (21.07).
No mesmo dia da decisão de Moraes, Bolsonaro descumpriu a ordem ao mostrar sua tornozeleira para a imprensa e dizer que está sofrendo uma ‘máxima humilhação’. Em resposta, Moraes intimou a defesa de Bolsonaro para se explicar em 24 horas sob pena de revogação do uso da tornozeleira eletrônica e decretação de prisão.
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Em entrevista, Fagundes disse que as restrições ‘incomodam muito’ e lembrou que, quando o ex-presidente Lula da Silva (PT) foi condenado e preso, ele podia dar entrevistas e fazer postagens nas redes sociais. “Por que essa restrição tão abrupta ao presidente Bolsonaro? É inaceitável, nós do PL, não aceitamos essa posição, achamos antidemocrática”, disse.
O senador disse também que Bolsonaro não oferece nenhum risco e sempre esteve à disposição para esclarecimentos. Na semana em que a Procuradoria-Geral da República se manifestou pela condenação de Bolsonaro, o mesmo participou de uma sessão no Congresso Nacional, lembrou Wellington.
Ainda de acordo com Fagundes, Bolsonaro quer conversar de forma democrática com a imprensa e a sociedade. Ele ainda lembrou da facada que o ex-presidente levou em 2018 e da cirurgia de mais de 12 horas, neste ano, para reconstrução da parede abdominal. Mesmo com contra indicação médica, Bolsonaro logo estava na rua.
“Ele recuperou e, mesmo contra indicação médica, ele estava na rua. Um cidadão que está dando a sua vida pela população brasileira. O bolsonarismo está enraizado no Brasil afora. É o único líder político do Brasil hoje que consegue ainda juntar multidões. Hoje o desgaste da classe política é muito grande, porque nós não estamos vivendo uma democracia plena”, disse.
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