Desprezado por muitos e amado por alguns, o pé de frango é uma iguaria produzida em Mato Grosso e exportado em larga escala, em um negócio que movimenta milhões de reais anualmente. Somente em 2024, Mato Grosso exportou 2,7 milhões de quilos do produto, gerando uma receita de US$ 6,24 milhões, equivalente a R$ 36,3 milhões. Os dados são do Comex-Stat, plataforma do governo federal com dados oficiais de exportação e importação.
Essa quantidade de pés de galinha seria suficiente para encher mais de 67 carretas bi-trem, com capacidade de 40 toneladas cada. Grande parte desse volume - cerca de 1,2 milhão de quilos - tem como destino a China, onde o produto é uma iguaria muito valorizada pelo seu alto teor de colágeno, preparada de diversas maneiras pelos consumidores asiáticos.
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O assunto foi abordado pelo empresário Cidinho Santos, dono da União Avícola Agroindustrial, quando comentava os efeitos do embargo de 20 países ao frango brasileiro, devido ao caso de gripe aviária registrado em Montenegro, no Rio Grande do Sul. A China é um dos países que embargaram as compras da proteína brasileira.
“Se colocar todo o produto aqui no Brasil, também não tem mercado. Sazonalmente vai ter uma diminuição de preço, mas é muito passageiro. Porque, a China, por exemplo, ela só compra pé de frango. Então, não tem como colocar todo pé de frango aqui”, disse o empresário, de maneira descontraída, em conversa com jornalistas.
Além da China, os empresários mato-grossenses exportaram o produto para outros 11 países. África do Sul é o segundo maior comprador, com 527 mil quilos, seguido pela Libéria (394 mil kg); Hong Kong (191 mil kg) e Peru (124 mil kg). Os demais países são: Moçambique; Singapura; Guiné, Serra Leoa, Haiti, Antígua e Barbuda e São Martinho.
