O comércio varejista de Cuiabá vive uma contradição na reta final de 2021. Enquanto observam que as expectativas econômicas do país não são tão boas, na prática, os empresários aumentaram seus investimentos. A proximidade de datas como Natal e Réveillon estão mantendo o otimismo do setor, já que há expectativa de melhora nas vendas.
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O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) em Cuiabá ficou em 135,7 pontos no mês de outubro, contra 138,2 pontos no mês anterior (-1,8%), interrompendo uma sequência de quatro altas consecutivas. Apesar do resultado, os empresários do comércio estão otimistas, com pontuação acima de 100.
“Em termos de expectativas, acredita-se que as bases econômicas do país estão frágeis. Em contrapartida, na prática, o empresário está investindo mais e isso, sem dúvida, tem influência do período do Natal, que há o aumento do consumo. O otimismo é grande, pois mesmo no ano passado, em plena pandemia, o varejo registrou aumento nas vendas”, explica Maurício Munhoz, diretor de pesquisa do Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT).
Desde setembro de 2020, “alguns indicadores que formam o Icec, como o que mede o ‘Nível de Investimento das Empresas’ continuam melhorando, indicando que, na prática, a economia está crescendo”, explica Maurício Munhoz. Na variação mensal, este componente aumentou 3,4% e já soma 117,7 pontos. Se comparado com o mesmo período do ano passado, o aumento observado é de 25,4%.
Os empresários investem com consciência e cuidado. Com a inflação crescente e aumento dos juros, as expectativas de vendas após as festas de fim de ano são incertas.
“A inflação tira o poder de compra. Se a pessoa ganha mil reais neste mês, no outro ela continua com o mesmo salário, mas comprando menos, pois o preço do leite que antes era dez reais, agora ela paga R$ 14. A inflação come o dinheiro e o medo dela fez com que o indicador caísse, ou seja, o fantasma da inflação e dos juros tem grande influência na vida das pessoas”, pontua.
CONTRATAÇÕES - Mesmo com a confiança em queda, a contratação de funcionários temporários neste Natal deve atingir o melhor saldo dos últimos 10 anos. Levantamento realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostra a expectativa de que 2.857 serão vagas abertas neste período de fim de ano.
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O levantamento revela que a maior parte (45,3%) deve ser preenchida em estabelecimentos de hiper e supermercados, seguida das lojas de vestuário e calçados (16,6%) e de utilidades domésticas (13,9%). Demais segmentos do comércio correspondem a 24,1% das vagas que serão ofertadas no estado.