O aumento no número de casos de gripe em Cuiabá levou a Secretaria Municipal de Saúde a emitir um alerta no começo da manhã deste domingo, 26 de dezembro, pedindo que a população adote cuidados mais rígidos para evitar a infecção pelo vírus Influenza. Em algumas unidades de saúde, houve aumento de 300% na procura por atendimento médico.
A capital reorganizou sua rede de saúde para lidar com o aumento na demanda devido ao surto atípico da doença, que já aflige ao menos 17 estados brasileiros. Dentre eles, quatro estão em ‘estado de epidemia’: Rio de Janeiro, Espirito Santo, Rondônia e Rio Grande do Norte.
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A orientação da Secretaria de Saúde é para que os cuiabanos procurem imediatamente o serviço de saúde se sentirem quaisquer desses sintomas:
- Dificuldade para respirar;
- Lábios com coloração azulada ou arroxeada;
- Dor ou pressão abdominal ou no peito;
- Tontura, vertigem ou confusão mental;
- Vômito persistente;
- Convulsão;
- demais sintomas em quadro de agravamento.
Além de Rio de Janeiro e São Paulo, primeiros estados onde o surto de gripe foi constatado, houve aumento brusco na procura pela rede de saúde no Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais e Rondônia. O levantamento foi realizado pelo jornal Folha de S. Paulo.
Na última quinta-feira (23), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) emitiu nota afirmando que a onda de casos de gripe no Brasil se deve a uma variante do vírus H3N2, batizada de Darwin.
De acordo com Fernando Motta, pesquisador do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do IOC, o grande número de pessoas infectadas com o vírus da gripe também é resultado da combinação de uma circulação reduzida do vírus influenza em 2020 com a baixa adesão à campanha de vacinação desse ano. O pesquisador lembra que os cuidados para evitar o contágio e a transmissão da gripe são os mesmos da covid-19.
“Distanciamento social, evitar aglomerações, uso de máscaras, higiene constante das mãos e etiqueta respiratória. São medidas que vimos que ao longo do ano passado e que provavelmente fizeram com que várias viroses respiratórias desaparecessem de circulação. E, com certeza, mitigaram a transmissão do coronavírus”, afirmou Fernando Motta.
COMO SE PREVENIR:
Para redução do risco de adquirir ou transmitir doenças respiratórias, especialmente as de grande infectividade, como o vírus Influenza, a melhor maneira de se prevenir contra a doença é os vacinar-se anualmente, principalmente os grupos prioritários, e que sejam adotadas medidas gerais de prevenção e controle, tais como:
· Frequente higienização das mãos;
· Utilizar lenço descartável para higiene do nariz;
· Cobrir nariz e boca quando espirrar e/ou tossir e higienizar as mãos após tossir e/ou espirrar;
· Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
· Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos e/ou garrafas;
· Evitar contato próximo à pessoas que apresentem sinais ou sintomas da Influenza;
· Evitar sair de casa em período de transmissão da doença;
· Evitar aglomerações e ambientes fechados;
· Manter os ambientes bem ventilados;
· Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.
Condições que possuem maior risco de complicações:
- Idade acima de 60 anos ou abaixo de 2 anos;
- Gestantes em qualquer idade gestacional e puérperas;
- População indígena aldeada;
- E indivíduos com doença crônica.
IMPORTANTE: O serviço de saúde deve ser procurado imediatamente caso apresente algum desses sintomas:
- Dificuldade para respirar;
- Lábios com coloração azulada ou arroxeada;
- Dor ou pressão abdominal ou no peito;
- Tontura, vertigem ou confusão mental;
- Vômito persistente;
- Convulsão e/ou
- demais sintomas em quadro de agravamento.