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Variedades Quinta-feira, 25 de Novembro de 2021, 17:21 - A | A

Quinta-feira, 25 de Novembro de 2021, 17h:21 - A | A

ELETRO-RASQUEADO

Coral cuiabano cria música unindo rasqueado e eletrônica

"O Falar Cuiabano", primeira música lançada pelo projeto Música Mato-grossense Tipo Exportação, já está disponível no canal do Coral Mato Grosso

Protásio de Morais | Secom - MT

Tchá por Deus! O coral mais cuiabano de Mato Grosso está a caminho das pistas de dança. Em um projeto inovador, o grupo de coralistas que há 27 anos exalta o linguajar cuiabano, agora une música folclórica à eletrônica. Qué vê, iscuta!

A primeira a ser lançada – de sete canções selecionadas para o projeto inovador – é a "O Falar Cuiabano". De cara nova, já pode ser apreciada no canal do Coral Mato Grosso no YouTube. No decorrer das próximas semanas o público poderá conferir como ficaram as outras seis faixas. Foi o produtor musical e arranjador José Stival quem trabalhou no remix das músicas, a convite do diretor artístico e produtor, Rogê Além.

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Um evento em dezembro marcará o lançamento oficial do novo álbum e de um mini-documentário, produtos previstos no projeto Música Mato-Grossense Tipo Exportação, que recebe incentivo da Lei Aldir Blanc. O edital foi realizado pelo Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT), em parceria com o Governo Federal, por meio da Secretaria Nacional de Cultura, do Ministério do Turismo.

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Sônia Mazetto ficou eufórica quando conferiu as intervenções eletrônicas nas faixas que, até então, eram totalmente orgânicas. “Quando ouvi pela primeira vez, pensei: ‘esse é só o começo. Não vamos parar'’’, relembra. A maestrina do Coral Mato Grosso acredita que a música folclórica se oxigenou com novos fragmentos.

Foi durante a pandemia que a ideia surgiu. Sônia estava inquieta pela suspensão imperativa dos ensaios e apresentações. Foi então que a tecnologia se tornou válvula de escape. Ela convocou o músico Rogê Além, que já realiza um trabalho na área da música eletrônica, para ser o diretor artístico e produtor do projeto que é divisor de águas na história do coral.

“Das pesquisas que eu já realizava, vi que o downtempo se encaixava como uma luva ao som orgânico do coral. E então, com as habilidades do produtor musical José Stival, promovemos a intersecção da música folclórica mato-grossense com este que é um subgênero da música eletrônica. Acredito que foi uma aposta muito bem-sucedida, de universalizar o sotaque cuiabano, o rasqueado e assim, recriar a linguagem da música regionalizada”, explica.

No downtempo, as usuais batidas rápidas e dançantes da música eletrônica dão lugar a padrões de ritmo mais espaçados para que assim possam ser preenchidos por linhas melódicas e harmônicas mais consistentes. Bandas como a Portishead, Gotan Project, Massive Attack e Morcheeba são algumas das que se enveredam pelo gênero.

História de ativismo

Sônia Mazetto relembra que desde que o coral nasceu, no ambiente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), sua principal diretriz era quebrar barreiras do preconceito que havia em relação ao falar cuiabano.

“A gente sempre foi presença fácil em eventos culturais, dos oficiais às festas de santo. E de pronto já éramos reconhecidos quando chegávamos com nossos lenços de chita no pescoço e mais tarde, com as varandas feitas e bordadas pelas redeiras de Limpo Grande”.

Os coralistas sempre foram guiados pela necessidade urgente de exaltar a cultura regional. “De cantar as coisas que representassem o que a gente tem de mais genuíno. E para o lançamento do projeto, tínhamos que escolher a O Falar Cuiabano, pois foi essa canção que deu início a tudo que temos hoje, como grupo, como história, como cuiabanos de chapa e cruz e claro, paus rodados também. É importante ressaltar que mais uma vez estamos fazendo ecoar a sonoridade das obras da compositora Edna Maciel Vilarinho”.

Sônia ressalta que além do figurino característico e músicas que enaltecem a cultura cuiabana, o Coral Mato Grosso sempre teve esmero em tornar atrativas as suas apresentações.

“As performances sempre foram muito marcantes. A gente já fazia stand up, muito antes do estilo se popularizar por aqui. Dessas nossas apostas nasceram dois personagens que seguem até hoje, a Comadre Guanira e o Chico Petxero, ambos interpretados por Gonçalo Cristiano, um dos pioneiros do coral”. Com as músicas recriadas, em breve, o público poderá conferir ao vivo, uma apresentação jamais imaginada, com direito a DJ, globo espelhado e luzes pulsantes.

Somam à equipe do novo projeto, o designer gráfico Eduardo Dario, o assistente de produção André G e os instrumentistas Claudinho (Henrique, Pescuma e Claudinho) e Alex Teixeira.

Curta, siga e compartilhe o trabalho do Coral Mato Grosso nas redes: @coralmatogrosso

Ficha técnica

Direção Geral e Musical: Sonia Mazetto

Direção Artística e Produção: Rogê Além

Assistente de Produção: André G.

Produção Musical e Fonográfica: José Stival

Direção de Arte: Eduardo Dario

Produção Gráfica: Renan Archer

Instrumentação: Claudinho (viola caipira) e Alex Teixeira (bateria e percussão)

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