A farmacêutica americana Pfizer anunciou, nesta terça-feira (16), um acordo de licença voluntária que vai permitir a fabricação e fornecimento de genéricos de seu comprimido para a Covid-19.
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Com o trato, fabricantes de genéricos que ao redor do mundo que obtenham uma sub-licença poderão manufaturar o remédio e fornecê-lo a 95 países. O Brasil, entretanto, não está incluído nessa lista: o país terá que comprar o medicamento diretamente da Pfizer, provavelmente a preços mais altos do que os das versões genéricas.
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No início do mês, a empresa havia anunciado que seu comprimido experimental contra a Covid-19, o Paxlovid, reduziu o risco de hospitalização ou morte pela doença em 89%. O remédio é usado em combinação com o ritonavir, um antiviral usado para o tratamento do HIV. Testes com o medicamento no Brasil começaram na semana passada.
Os fabricantes de genéricos têm até 6 de dezembro para manifestar interesse em fabricar o remédio; fabricantes brasileiros poderão participar, mas suas "versões" do medicamento só poderão ser exportadas – e não vendidas para o mercado nacional, segundo a "Associated Press".
Conforme o acordo, a Pfizer não receberá royalties – espécie de "direito autoral" – sobre as vendas em países de baixa renda e renunciará a eles nas vendas em todos os países cobertos pelo trato, enquanto a Covid-19 permanecer uma emergência de saúde pública.
No fim de outubro, a farmacêutica Merck – conhecida no Brasil como MSD – também anunciou um acordo para fabricação de genéricos de seu comprimido contra a Covid-19, o molnupiravir. O acordo deve facilitar o acesso de 105 países de baixa e média renda ao medicamento, mas o Brasil também não foi incluído na lista.