Após o secretário de Infraestrutura de Mato Grosso, Marcelo de Oliveira, o "Marcelo Padeiro", sinalizar que o túnel não seria uma das opções para a obra na Estrada da Chapada, o governador Mauro Mendes (União) rebateu a declaração e afirmou que a proposta foi, sim, apresentada oficialmente a ele.
“Se ele falou isso, é diferente do que ele disse para mim na última reunião. Ele apresentou oficialmente essa solução, e eu dei um 'ok' para prosseguir com o projeto. Se mudou, ele não trouxe pra mim. Na última reunião, ele não apresentou outra opção. Eu não converso atravessado. Se eu falei isso publicamente, é porque recebi, tecnicamente, na minha sala, os técnicos junto com o secretário, e me foi apresentado isso. Depois disso, eu nunca mais falei com ele. Se mudou, eu não fui comunicado sobre isso...”, afirmou Mendes.
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O governador também comentou sobre os custos da obra, destacando que os estudos ainda são preliminares. “Tínhamos um estudo de estimativa de valor muito superficial. [A proposta do túnel] é muito mais cara do que a solução atual, mas muito mais barata do que outras soluções apresentadas. Uma outra solução exige, objetivamente, que se rescinda o atual contrato e se faça outra licitação”, explicou.
Mauro Mendes garantiu que o governo está focado em resolver o impasse. “Estamos no governo para resolver qualquer problema, seja ele presente de gregoou não”, completou.
Já o secretário Marcelo Padeiro, ao ser questionado se o túnel seria a nova alternativa, desconversou: “Não sei ainda. Não posso dizer para você.”
Ele alegou que ainda não há definição e mencionou as dificuldades ambientais da obra e que em 15 a 20 dias dará uma declaração sobre o que será feito no local.
“Quem falou em túnel? Eu, como secretário da Sinfra, estou esperando algumas definições e acredito que, em 15 ou 20 dias, a gente vai ter isso claro. Tudo ali é problema. É só você pegar o ICMBio, o Iphan e o Ibama. Ali é um parque nacional, e tudo é um problema. Se vocês vissem desde o início como era o licenciamento... Você não pode fazer importação de material, não pode colocar vegetação que não é nativa.”
O secretário explicou os desafios técnicos e as limitações ambientais da obra: “Quando fomos fazer todos os ensaios e todas as sondagens para que a gente pudesse tocar a obra, vimos que, se não tivéssemos aplicado nada de concreto no retaludamento, aquilo não estaria de pé. E você não pode colocar nada de concreto, porque é proibido. Eu não tenho uma solução definitiva. Pode ser ou não pode ser o túnel. Calma, calma, calma, calma, calma!”, declarou Padeiro, durante a assinatura de ordens de serviço para novas obras na BR-163, em Jangada, na semana passada.
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