A ex-prefeita de Sinop e suplente de senador eleita Rosana Martinelli (PL) informou nesta terça-feira, 20 de dezembro, que teve todas as suas contas bancárias bloqueadas por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ela também teve suspenso seu registro de Caçadora, Atiradora e Colecionadora (CAC), que lhe permitiria o porte de arma.
Moraes determinou na última quinta-feira, 15 de dezembro, o bloqueio das contas bancárias de lideranças empresariais e políticas que estariam financiando ou incentivando as manifestações que contestam o resultado da eleição presidencial deste ano, na qual Lula (PT) venceu o atual presidente Jair Bolsonaro (PL).
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Rosana tem participado dessas manifestações desde o dia 31 de outubro, dia seguinte à derrota de Bolsonaro. As manifestações foram declaradas como ilegais pelo STF, pois defendem um golpe de Estado para reverter o resultado das urnas.
“Quero esclarecer a toda população que realmente as minhas contas foram todas bloqueadas por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Dizer que eu participei, e continuo participando, das manifestações que têm sido pacíficas e ordeiras, a favor do nosso presidente Bolsonaro”, disse a ex-prefeita.
No vídeo, Rosana também afirma que está sofrendo retaliação por sua atuação política “e, principalmente, por ser mulher”.
A decisão de Alexandre de Moraes ainda está em segredo de Justiça. A assessoria do STF informou que foram cumpridos mais de 100 mandados de busca e apreensão contra bolsonaristas de todo o país, além de quatro ordens de prisão. Mato Grosso foi o segundo estado com maior número de mandados de busca e apreensão, totalizando 20 ordens.
A megaoperação realizada pela Polícia Federal resultou na apreensão de um arsenal de armas com os bolsonaristas, incluindo submetralhadora, fuzil e rifles com luneta, capazes de disparar a longas distâncias. Essas armas estavam em endereços em Santa Catarina.
Os grupos investigados foram divididos em três categorias: organizadores e financiadores das manifestações, donos de caminhões que bloquearam estradas, e empresários suspeitos de dar apoio logístico e estrutural para os atos.