O prefeito Abilio Brunini (PL) não vai revogar o decreto de calamidade financeira que visa melhorar as contas da Prefeitura de Cuiabá, devido ao rombo de R$ 2 bilhões encontrado no início de sua gestão. Há alguns dias, ele havia sinalizado que a medida, válida por seis meses, poderia ser suspensa antes do prazo. Segundo Abilio, o decreto permite negociar contratos e dívidas, além de definir o que é essencial para o município.
“Não iremos revogar porque está em fase final. Ele nos permite negociar contratos e dívidas, priorizando o que é essencial para a continuidade da gestão. Empresas que deixaram de prestar serviços ao município, com valores pendentes desde 2022, estão sendo encaminhadas para a central de negociação criada pelo decreto. Já as que têm dívidas de 2023 e 2024 e continuam ativas, recebem propostas diferenciadas para manter os contratos. Isso gera economia, pois algumas oferecem descontos para quitar dívidas, o que contribui para conter despesas”, explicou na última sexta-feira, 9 de maio.
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Até o fim do decreto, o prefeito prevê uma economia de R$ 180 milhões. Nos primeiros 100 dias de mandato, a gestão economizou R$ 138 milhões.
“O decreto segue em vigor até o fim de junho ou início de julho. Vamos manter essa programação porque não podemos esbanjar recursos. Nosso foco é aplicar com responsabilidade e manter a economia. A meta é chegar a R$ 180 milhões de economia até o meio do ano”, afirmou.
Ainda segundo o prefeito, o decreto também permitiu a concessão da Revisão Geral Anual (RGA). “É um remédio. Quando você começa um tratamento, não pode interrompê-lo assim que os sintomas desaparecem. Ele precisa de tempo para consolidar seus efeitos. Essa medida possibilitou uma decisão técnica da gestão, sem pressões políticas ou sindicais, e de forma proativa já aplicamos a RGA”, concluiu.
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