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Política Terça-feira, 13 de Dezembro de 2022, 17:10 - A | A

Terça-feira, 13 de Dezembro de 2022, 17h:10 - A | A

INOCENTADO PELO MPF

VÍDEO: Conselheiro cai no choro ao comentar arquivamento de investigação

Da Redação

Redação | Estadão Mato Grosso

O ouvidor-geral do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE-MT), conselheiro Antonio Joaquim, chorou durante a sessão ordinária desta terça-feira, 13 de dezembro. As lágrimas vieram aos olhos quando Joaquim foi comentar o arquivamento de uma investigação contra ele e outros conselheiros por suposta corrupção. O pedido foi feito pelo Ministério Público Federal (MPF) ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e tem como objeto o inquérito que causou o afastamento dos conselheiros em 2017 no âmbito da operação Malebolge, desdobramento da Ararath.

Momentos antes, Antonio Joaquim relembrou que era presidente da Corte e teve o mandato cassado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sem direito à defesa. Ele ainda recordou que o afastamento se deu próximo ao anúncio de que se aposentaria do cargo para disputar o Governo de Mato Grosso nas eleições de 2018.

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Ele considerou que seu afastamento foi um ato político do ex-governador Pedro Taques e do ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

“Eu não tenho ódio, eu só não esqueço. Essa violência, essa falta de democracia, falta do Estado Democrático de Direito, o que se fez foi uma violência. O ex-governador [Silval Barbosa] delatou mais de 200 pessoas entre empresas e pessoas, os únicos que foram penalizados antes de serem denunciados, antes de serem julgados foram nós cinco”, comentou.

Antonio Joaquim destacou que o seu afastamento causou sofrimento não só dele, mas a sua família e amigos. Ele citou que o arquivamento ocorreu por falta de indícios que comprovem que ele e os demais conselheiros tenham praticado as irregularidades apontadas pelo ex-governador Silval Barbosa em sua colaboração premiada.

“Sofrimento da família, o sofrimento dos amigos, o sofrimento de ser violentado num estado que não tem democracia, hoje finalmente como sempre falei parece contraditório, mas não é, eu sempre falei que acredito na justiça, acredito que existem pessoas más, existem pessoas que são ruins de alma, que se alimenta do ódio, da ira, mas elas não representam, por exemplo, a Procuradoria Geral da República, são membros, agora a Procuradoria-geral da República pede o arquivamento total do inquérito, depois  de seis anos de sofrimento o próprio Ministério Público pede arquivamento”, disse antes de chorar.

No documento, Silval relatou que havia pagado de R$ 53 milhões aos conselheiros para garantir manifestação favorável do TCE à aprovação das contas do governador e não causar empecilhos no andamento de projetos e obras do governo, como MT Integrado e Copa do Mundo.

Veja vídeo:

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