O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) saiu em defesa do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL) e criticou duramente a senadora Margareth Buzetti (PSD), que classificou como “molecagem” a articulação do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nos Estados Unidos contra o Supremo Tribunal Federal (STF). Eduardo teria influenciado medidas de retaliação à economia brasileira devido ao julgamento de Bolsonaro no STF, o que inclui a elevação de tarifas sobre produtos brasileiros e o cancelamento de vistos de ministros do STF.
Cattani afirmou que a verdadeira responsabilidade pela atual situação de Bolsonaro, que passou a usar tornozeleira eletrônica por decisão judicial, não é de Eduardo, mas dele próprio, como representante do povo brasileiro.
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“Senadora Margareth Buzetti, algumas pautas suas eu até apoiei, achei que a senhora tivesse uma visão diferente do que está acontecendo com o nosso Brasil, mas vi que estava errado. A culpa do Bolsonaro estar com uma tornozeleira no pé, igual um passarinho em gaiola, não é do Eduardo. É minha. Ele [Bolsonaro] estava lutando por mim, para garantir o meu direito de propriedade no assentamento onde moro. Depois de mais de 20 anos, esses ordinários tiraram o direito de propriedade dos assentados no país inteiro”, disse o deputado.
Cattani também acusou os senadores de omissão e afirmou que Eduardo Bolsonaro tem enfrentado o sistema com coragem, ao contrário do que chamou de “passividade” dos demais senadores.
“Quando a senhora fala em molecagem do Eduardo, deveria lembrar que ele faz o que vocês não tiveram coragem de fazer. E agora vem com essa conversa de querer cassar o Alexandre de Moraes? Moleque é ver uma mulher ser condenada a 17 anos por pintar uma estátua. Aqui em Mato Grosso, tem gente com pena de 14 anos. Produtores rurais com caminhões, contas e fazendas bloqueadas desde 2019 por se manifestarem. E a senhora vem dizer que a luta do Eduardo é molecagem? A vergonha é minha e do povo mato-grossense por ter senadores como a senhora, que nunca fizeram nada para enfrentar os ministros do STF”, disparou.
Apesar das críticas de bolsonaristas aos ministros do STF, o senador Flávio Bolsonaro (PL), irmão de Eduardo, se aliou ao PT em 2019 para enterrar a CPI da Lava Toga, que investigaria os ministros da Suprema Corte. Na época, ele chegou a pressionar a juíza aposentada e senadora cassada Selma Arruda (então no PSL) a retirar sua assinatura do pedido de CPI que investigaria ministros do STF. Selma criticou duramente a atitude de Flávio, chamando-a de “mal-educada e descabida”.
Em conversa com jornalistas nesta terça-feira, 23, a senadora Margareth Buzetti reconheceu que há abusos por parte do Supremo, mas reforçou que a única autoridade com poder para impor limites à Corte é o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). Por outro lado, condenou as ações de Eduardo Bolsonaro em solo americano.
“Eu acho necessário, sim, que se faça alguma coisa para conter o STF. É um abuso o que está sendo feito. Mas, também é um abuso o que o Eduardo Bolsonaro está fazendo lá nos Estados Unidos, com o país e com o pai dele. A culpa do Bolsonaro estar de tornozeleira é desse moleque”, afirmou Buzetti.
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