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Política Domingo, 03 de Agosto de 2025, 21:00 - A | A

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EM MANIFESTAÇÃO

VÍDEO: Abilio saúda “boa tarde a todos” e critica linguagem neutra: “Não existe ‘todes’”

Fernanda Leite

Repórter | Estadão Mato Grosso

O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), voltou a criticar o uso do pronome neutro em eventos do município. Durante discurso em manifestação realizada neste domingo (3), contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, ele afirmou que o termo “todes” é uma distorção da língua portuguesa. O ato também teve pautas como o pedido de saída do presidente Lula (PT) e a defesa de anistia para Jair Bolsonaro (PL).

“Boa tarde a todos! O artigo 5º da Constituição diz que todos somos iguais perante a lei. Não existe na Constituição a palavra ‘todes somos iguais’. É mais importante ainda dizer que não existe na língua portuguesa nenhuma distorção da palavra. Alguém pode falar errado ‘nóis’. Alguém pode escrever numa decisão judicial ‘mais’ no lugar de ‘mas’. Pode acontecer. Pode ser um ministro. Alguém pode dizer ‘pobrema’. Pode falar errado por desconhecimento ou para usar o linguajar popular, cuiabano. Mas o que não pode é distorcer o sentido de forma proposital”, discursou o prefeito.

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O tema ganhou repercussão na última quarta-feira (31), quando Abilio interrompeu a fala da doutora em Saúde Pública Maria Inês da Silva Barbosa, que usou a palavra “todes” ao cumprimentar os participantes da Conferência Municipal de Saúde de Cuiabá. O prefeito “proibiu” o uso do termo, e a professora deixou o evento.

“Eventos da Prefeitura de Cuiabá com dinheiro público não terão distorções da nossa língua portuguesa. Nas nossas escolas e com as nossas crianças, não haverá pronome neutro. Isso não é homofobia, isso é defesa da nossa pátria”, declarou.

Ainda durante o ato, diante de apoiadores da direita, Abilio criticou o presidente Lula. Ele também ironizou a narrativa do governo federal sobre a tentativa de golpe.

“A salvação do Lula foi aparecer o Trump, pra ele botar a culpa. Porque o arroz está caro, o café está caro, a gasolina está cara, aguentar a Janja falar é caro, a picanha está cara. Só que tem uma coisa: nós estamos no estado de Mato Grosso. Aqui em Mato Grosso, o prefeito da capital não vai receber esse tipo de pessoa, não”, avisou, ele lembrando que não tem prefeito do PT no Estado e nem vereador do PT em Cuiabá e Várzea Grande. 

VÍDEO:

 
 
 
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