Com as duas assinaturas que faltavam, os três senadores de Mato Grosso, Jayme Campos (União), Margareth Buzetti (PSD) e Wellington Fagundes (PL) oficializaram, nesta terça-feira, 5 de agosto, apoio ao pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, acusando-o de abuso de autoridade e de ultrapassar os limites da Constituição.
O primeiro a assinar o pedido foi Wellington, no domingo, 3 de agosto. Ele incentivou a pressão popular: “Eu já assinei, a minha suplente já assinou, faltam três para dar a maioria. Pressione, cobre do seu senador para assinar o impeachment e fora Xandão”.
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Nesta terça, Buzetti foi a segunda senadora a declarar apoio, e alegou que Moraes “ultrapassou o que determina a lei” e afirmou: “Paciência tem limite. Ninguém está acima da lei. Nem mesmo o ministro do STF. Vou assinar agora o impeachment do ministro Alexandre de Moraes”.
Jayme foi o último a assinar, afirmando nas redes que agiu de “forma consciente e responsável”, citando abuso de autoridade: “Diante dos fatos, sobretudo pelo abuso de autoridade que ele está cometendo contra o povo brasileiro e contra o presidente Bolsonaro. Ele ultrapassou qualquer barreira e está desrespeitando a sociedade brasileira. Não podemos concordar com essa atitude”.
A oposição precisa somar um total de 43 assinaturas para dar início ao processo de impeachment do ministro, e segundo o líder do PL no Senado, Carlos Portinho, faltam apenas cinco assinaturas para que o documento possa ser protocolado.
Contas feitas nos bastidores apontam que ao menos três dessas assinaturas precisam vir do PP, partido que atualmente ocupa o Ministério dos Esportes do governo Lula, mas que também é aliado ao União Brasil. No entanto, analistas apontam que as chances de avançar com essa pauta no Senado são baixas.