O recuo do deputado estadual Eduardo Botelho (União) na disputa pela presidência da Assembleia Legislativa dá impulso à candidatura de Max Russi (PSB) ao comando da Casa de Leis. Em conversa com jornalistas nesta quarta-feira, 23 de novembro, Russi disse acreditar que conseguirá atrair mais apoios ao seu projeto, que já vinha sendo construído com outros parlamentares.
Botelho anunciou seu recuo na noite de terça, 22, durante um jantar na casa da deputada estadual Janaína Riva (MDB), com deputados que são seus aliados.
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“Eu era candidato a presidente e continuo com meu projeto. Essa definição acaba beneficiando, vamos ver como vai ser os desdobramentos agora. [...] Eu continuo com meu projeto, tenho conversado com os deputados e tenho apoio considerável. Acho que, com isso, posso conseguir mais apoios para continuar com o projeto da presidência”, disse Russi, que não participou do jantar.
Max deixou claro que ainda não fechou sua chapa para a Mesa Diretora e admitiu a possibilidade de compor com Botelho, que poderia assumir a primeira-secretaria. Essa composição repetiria a dobradinha feita em 2021, quando Eduardo ficou impedido de disputar a presidência por força de uma decisão liminar do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ao ser questionado sobre essa possibilidade, Russi disse não ter problemas para trabalhar ao lado de Botelho, pois tem atuado nos principais cargos da Mesa Diretora desde o começo da atual legislatura, em 2019.
“É um bom nome, a gente trabalhou junto, eu não tenho dificuldade nenhuma com o nome do Botelho. Se for essa a vontade dele e o entendimento dos parlamentares, estou bastante tranquilo quanto a isso. Não fiz nenhum compromisso, nenhum encaminhamento ou conversa nesse sentido com nenhum deputado”, afirmou.
Russi disse já ter a confirmação de ao menos 10 parlamentares em favor de sua candidatura à presidência. As articulações foram interrompidas devido à viagem que fez ao Egito, para participar da Cúpula do Clima - COP 27, junto com a comitiva mato-grossense, e devem ser retomadas rapidamente.
“Se eu tiver 12 mais 1 já é o suficiente. Lógico que eu gostaria de ter os 24, mas tranquilo, a última mesa não teve os 24, a anterior não teve os 24. Acho que democracia é isso: debate, proposta e entendimento. Quero conversar com todo mundo, quero ter o voto de todos. [...] Estou bastante confiante, acho que eu consigo ter, sim, o apoio de mais de 12 deputados”, avaliou.
A eleição da nova Mesa Diretora deve ser realizada em fevereiro, na primeira sessão após a posse dos deputados eleitos.