O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado estadual Eduardo Botelho (União Brasil), propôs que os motoristas "rompam" as cancelas de pedágio da rodovia federal BR-163, entre Rondonópolis a Cuiabá. A declaração de Botelho foi feita na manhã desta quarta-feira (1º de março), em entrevista a jornalistas.
Motoristas reclamam das péssimas condições nos dois sentidos da rodovia, que hoje está sob os ‘cuidados’ do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e da concessionária Rota do Oeste.
- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)
- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)
O parlamentar disse que todos estão ansiosos e confiantes de que a situação será resolvida e que torce para que a rodovia passe para a tutela do governo do Estado, que já afirmou ter recursos para fazer as obras na rodovia. Ainda segundo Botelho, as obras já estão agendadas e com recursos definidos para isso.
“Se não resolver, eu acho que a população tem que dar um basta. Chega, não dá mais para continuarmos pagando e não se faz nada, só tem gente ‘passando o rodo e apanhando dinheiro’. Eu acho que o povo tem que começar também ter vergonha, não dá para ficar sendo explorado aí o tempo todo”, disse o parlamentar.
“Estou propondo que pare de pagar. Se eles não acharem uma solução, parem, não aceitem o pagamento, não dá para você ficar pagando algo por 10 anos, 15 anos e nada se faz. Rompe a cancela. Alguma coisa tem que ser feito, não dá para ficar do jeito que está”, completou.
O deputado Thiago Silva (MDB) também afirmou ter entrado com uma representação junto ao Ministério Público Federal pedindo a suspensão do pedágio até que se decida sobre a responsabilidade da via. Atualmente, o Governo do Estado está tentando assumir o controle acionário da Rota do Oeste e, por conseguinte, da rodovia.
“Da forma que está, é injustificável pagar um pedágio sem ter a manutenção da rodovia. Então, a gente também cobra o Ministério Público Federal para que interceda e também, que abra as cancelas, porque o cidadão está pagando, o motorista, o caminhoneiro, e esse pagamento é injusto”, disse Thiago.