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Política Terça-feira, 14 de Dezembro de 2021, 10:31 - A | A

Terça-feira, 14 de Dezembro de 2021, 10h:31 - A | A

INÉRCIA FEDERAL

União não transfere BR-174 para o Estado e impede asfalto de chegar a Colniza

Deputado Neri Geller diz que ministro errou ao atrasar decisão sobre a rodovia

Jefferson Oliveira

Repórter | Estadão Mato Grosso

O deputado federal Neri Geller (PP) criticou a inércia do governo federal para transferir a gestão da BR-174 para o Estado de Mato Grosso em tempo hábil para realização de obras de pavimentação do trecho que liga os municípios de Castanheira e Colniza. Com a chegada do período chuvoso, já não é viável a realização das obras na região, que sofre com lamaçais e chega a ficar isolada durante a época mais ‘molhada’ do ano.

O governador Mauro Mendes (DEM) havia pedido a transferência da rodovia para administração do Estado no começo do ano, chegando a mobilizar a bancada federal na tentativa de acelerar os trâmites. No entanto, Neri aponta que houve uma ‘enrolação’ por parte do governo federal, o que fez o Estado recuar da proposta.

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“Teve uma demora de uma decisão. O governo (estadual) junto com a bancada federal sugeriu ao governo federal de fazer a devolução da 174 e demorou esse processo. O governo (estadual) teve que recuar, porque pegar essa devolução da 174 na época de chuva, quando o orçamento do Estado está fechado em função de ser dezembro, não tem prazo para fazer a organização da manutenção. Infelizmente, nesse caso, o nosso ministro Tarcísio de Freitas, que teve todo apoio nosso, pecou sim”, argumentou, em entrevista ao jornalista Bruno Pinheiro, da TV Cidade Verde.

Neri criticou o marasmo do governo federal para resolver os problemas relativos às rodovias federais que cortam Mato Grosso. Ele lembrou a situação da BR-163, envolvendo a concessionária Rota do Oeste, que demorou a devolver a concessão da rodovia mesmo sem realizar as obras de duplicação que estavam previstas no contrato.

O deputado avalia que o Ministério da Infraestrutura poderia ter resolvido o problema da BR-163 anos antes, se tivessem tomado uma atitude mais firme contra a concessionária.

“Demorou-se demais e eu sou um crítico disso. Não é do ministro Tarcísio, nem da ação que foi feita. Nós deveríamos ter tomado providência 3 anos atrás, porque esse problema já estaria resolvido. Se não tivesse um acordo na época, de fazer com que a empresa fizesse de forma amigável e cumprisse o contrato, deveríamos ter entrado com caducidade ou rescisão contratual anos atrás. Agora avançou e infelizmente é um paradigma que precisamos resolver”, pontuou.

A Rota do Oeste devolveu a concessão da BR-163 na última quinta-feira, 9 de dezembro, alegando que o avanço da ferrovia estadual afugentou os investidores interessados em assumir o controle acionário da empresa. Uma nova licitação para concessão da BR-163 pode levar até 3 anos, período no qual a empresa continuará atuando e realizando investimentos.

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