A Polícia Civil deflagrou a Operação Sepulcro Caiado e, durante busca e apreensão, encontrou diversos objetos de valor. Nesta quarta-feira, 30 de julho, os agentes encontraram ouro, passaportes, dólares, euros e até passagens de avião, além da apreensão de carros, jet-ski, cheques e outros bens. A operação mirou um esquema de advogados que desviaram cerca de R$ 20 milhões do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).
Os agentes foram em 22 endereços e neles encontraram diversos objetos de valor que foram apreendidos. Os que mais se destacaram entre as imagens durante a operação foram pequenas barras de ouro, joias, notas de dólares, euros e reais. Também apreenderam passagens aéreas em um closet feminino, com os passaportes.
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Carros de luxo, incluindo um Mini Cooper, avaliado em R$ 290 mil, um Volvo XC, que pode chegar até R$ 440 mil, jet-ski, entre outros itens de luxo. Diversos cheques, com valores de até R$ 65 mil, também foram apreendidos na casa de um dos alvos.
Ao todo, foram cumpridas 160 ordens judiciais, sendo 11 mandados de prisão, 22 mandados de busca e apreensão, 16 ordens de bloqueio judicial, resultando em R$ 21,7 milhões bloqueados. Além disso, foram expedidas 46 quebras de sigilo bancário, 18 veículos foram apreendidos e 48 imóveis sequestradas.
Investigação
Um bloqueio judicial no valor de R$ 17 mil, notado ao tentar usar o cartão de débito em janeiro de 2025, levou à descoberta de um sofisticado esquema de fraude no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), que já causou prejuízos estimados em mais de R$ 20 milhões aos cofres públicos.
A informação consta em uma decisão judicial que decretou a prisão de 11 pessoas, envolvendo diversos advogados e um servidor do TJMT.
A vítima, identificada como Luiz Carlos, procurou esclarecimentos após perceber o bloqueio e descobriu que figurava como réu em nove processos de execução, todos movidos por João Gustavo Ricci Volpato.
Em sete deles, constavam registros de quitação de dívidas superiores a R$ 680 mil — valores muito acima do débito original de cerca de R$ 17 mil, referente a um empréstimo firmado em 2014.
A denúncia levou à abertura de uma investigação pela Delegacia de Estelionato, que identificou o envolvimento de advogados, empresários e um servidor do TJMT, além da falsificação de comprovantes de depósitos e manipulação de sistemas internos do Judiciário. O esquema consistia em forjar ações, simular acordos e solicitar alvarás para saque de valores inexistentes.
Veja nota do TJMT
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) informa que, diante da operação da Polícia Judiciária Civil (PJC-MT) que apura suposta irregularidade na Conta Única do Poder Judiciário, está contribuindo e continuará a contribuir integralmente com as investigações, a fim de se obter a verdade.
Informa ainda que irá instaurar os procedimentos disciplinares cabíveis para a apuração da responsabilidade administrativa dos servidores suspeitos, em estrita observância aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório.
O TJMT destaca que adota rigorosos mecanismos de controle e transparência, visando prevenir quaisquer tipos de inconformidades. Ressalta ainda que repudia veementemente qualquer prática que atente contra a integridade institucional e o interesse público.