O senador Wellington Fagundes (PL) classificou como excessiva a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, em colocar tornozeleira eletrônica no ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão foi proferida após o ex-presidente condicionar o fim do tarifaço de Donald Trump com a sua anistia.
De acordo com o Wellington, Bolsonaro sempre esteve à disposição da Justiça.
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“O partido entende que houve um excesso, porque o presidente sempre esteve à disposição. Ontem ele estava no Congresso, conversando, inclusive, fez uma coletiva com a imprensa. Então, o partido não aceita, agora, nós vivemos uma democracia, os advogados vão recorrer e agora é uma luta que nós vamos enfrentar”, disse Fagundes.
Fagundes também criticou o ministro Alexandre de Moraes que, com decisões monocráticas, tem derrubado decisões do Congresso Nacional, como o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). “Isso é uma decisão do mesmo ministro, então, nós não concordamos com essas posições, o PL não concorda”.
Por outro lado, o senador disse que alguns posicionamentos de membros do partido serão discutidos. Um dos casos é do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro, que disse em vídeo nesta quinta-feira, 17 de julho, que está “mais fácil um porta-aviões chegar ao Lago Paranoá” do que o presidente da Câmara, Hugo Motta, ser recebido com Alckmin nos EUA.
“Exageros também não são aceitáveis. Isso, claro, nós estamos discutindo internamente também. Tem alguns pontos que a gente não concorda e o PL também vai se manifestar sobre isso”, comentou Fagundes.
Ademais, o PL não abre mão de Bolsonaro como candidato a presidente da República, mesmo com o ex-presidente inelegível. Segundo Fagundes, ainda há recursos que podem ser feitos e, somente após uma eventual decisão transitada em julgado, o partido irá avaliar outros nomes. Ele ainda disse que uma eleição sem Bolsonaro, não seria considerada democrática.
“Nossa posição partidária é o presidente Bolsonaro como candidato. A nossa opção única, até agora, internamente, o que conversamos é o presidente Bolsonaro. Nós entendemos que tem recursos para serem feitos daqui até lá. Agora, essa decisão, se amanhã transitar em julgado, não tiver mais recurso, aí o partido vai analisar o que é melhor”, afirmou.
Veja vídeo: