O prefeito Abilio Brunini (PL) retirou Cuiabá do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico e Social Vale do Rio Cuiabá (Cides-VRC), que reúne 13 cidades da Baixada Cuiabana, e do Consórcio Intermunicipal de Saúde Vale do Rio Cuiabá (Cisvarc). Segundo Abilio, tornou-se inviável continuar em ambos. Um dos exemplos citados por Abilio é que a compra de remédios, insumos e serviços pelo Cisvarc acabava gerando mais despesas ao município.
A reportagem do Estadão Mato Grosso apurou, no entanto, que o prefeito tentou, há alguns dias, retirar Antenor Figueiredo do cargo de diretor-executivo do Cides-VRC, mas não obteve sucesso. Diante disso, optou por retirar a capital do grupo. Antenor é ex-secretário de Mobilidade Urbana de Cuiabá (Semob) e amigo pessoal do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). Apesar de não mencionar diretamente o caso, Abilio afirma que houve compras superfaturadas, como cadeiras de rodas adquiridas por R$ 4.200, valor que ele diz ser muito superior ao praticado no mercado.
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“Houveram algumas compras que ocorreram no Consórcio, a exemplo das cadeiras de rodas que foram compradas via Consórcio por R$ 4.200, e o valor desta cadeira de rodas no Mercado Livre, ou mercado informal, está por mil e poucos reais. E a cadeira que foi entregue é diferente da que foi adquirida”, afirmou o prefeito, em entrevista ao Estadão Mato Grosso.
Segundo ele, outras compras de medicamentos, insumos e serviços feitas via consórcio também não seguiram os padrões adotados por sua gestão. “Dessa forma, não vimos mais interesse ou viabilidade técnica e econômica de manter contrato ou parceria com o Consórcio”, declarou.
A Prefeitura já protocolou o informe de desinteresse em ambos os consórcios e enviará à Câmara de Cuiabá a solicitação formal de saída. Abilio defende uma nova forma de realizar atividades consorciadas, especialmente para auxiliar municípios de menor porte a alcançar maior poder de compra. “Mas não desta forma como está”, pontuou o prefeito.
Ele lembrou ainda de uma proposta do Ministério Público Estadual (MP-MT), feita no passado pelo então procurador-geral Mauro Curvo, para criação de um consórcio sob supervisão do MP ou do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
“Se isso vier a acontecer, onde o MP ou o TCE passem a conduzir o processo, aí passa a ser interessante para a gente. Mas, do jeito que está sendo conduzido, não tenho interesse de participar”, concluiu.
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