O conselheiro Sérgio Ricardo, do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), não foi convencido pela notícia de que a Prefeitura de Cuiabá poderá viabilizar uma parceria com o governo federal para implantar um novo Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) apenas na capital. Em conversa com jornalistas nesta quinta-feira, 11 de janeiro, ele afirmou que a fala do ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, foi meramente política e não constitui um compromisso com o investimento de R$ 5 bilhões em Cuiabá.
O conselheiro se refere ao vídeo gravado pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) na segunda-feira, 8, no qual Padilha afirma que ‘investirá forte’ no VLT de Cuiabá.
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“O que o ministro fez ali é uma fala política, né?! Não disse o dia que vai liberar, não disse em qual conta vai depositar, não assinou o contrato. Eu vi uma fala política e eu entendo assim, a população está cansada de falas políticas, né?!”, disparou o conselheiro.
Sérgio Ricardo chamou atenção para o fato de que o ministro não faz menção a qualquer valor, nem cita prazos para dar início à licitação. O conselheiro afirmou ainda que a população aguardou por mais de 10 anos por uma conclusão das obras do VLT e já está “cansada de mimimi”.
“Não adianta ficar só uma briga política, porque essa é uma briga política entre governador e prefeito, um defende o VLT, outro defende o BRT. E nós, o povo, a população. Como que fica? Quero saber o seguinte, o projeto, quando que vai ficar pronto o VLT?”, questionou.
Em material divulgado pela Prefeitura de Cuiabá, Emanuel Pinheiro garante que o projeto do VLT cuiabano já foi pré-selecionado para ser uma das obras integrantes do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A nova proposta está estimada em R$ 4,9 bilhões e contará com novos trechos que ampliarão o trajeto inicial do modal.
Sérgio Ricardo alertou que as falas sobre o projeto, até o momento, são meramente políticas. Ele ressaltou ainda que 2024 é um ano eleitoral e que muitas ‘falas políticas’ podem surgir, de qualquer lado, sem que haja um compromisso real com a verdade.
“Outra coisa que a gente tem que se preocupar é a questão que nós estamos em ano político. Então, nesse ano político, muitas conversas vão surgir de parte a parte e, inclusive, na semana que vem o Tribunal de Contas estará publicando uma cartilha orientativa, e que é lei, do que cada gestor vai poder fazer nesse processo eleitoral, com o dinheiro público, com a fala, com declarações”, ressaltou.