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Política Quarta-feira, 04 de Novembro de 2020, 17:06 - A | A

Quarta-feira, 04 de Novembro de 2020, 17h:06 - A | A

MULTA DE R$ 600 MILHÕES

Congresso só pode salvar MT da "herança maldita" após as eleições

Gabriel Soares

A reunião dos governadores com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na última terça-feira (3), terminou com um compromisso de que o projeto que permite a renegociação da dívida dos Estados será pautado assim que as eleições municipais chegarem ao fim. Mato Grosso aguarda a aprovação desta matéria para se livrar de uma multa superior a R$ 600 milhões pelo descumprimento do Teto de Gastos em 2018.

O secretário de Estado de Fazenda, Rogério Gallo, argumenta que vários Estados não conseguiram cumprir o Teto de Gastos em 2018 e, se nada for feito, terão que arcar com o peso das multas em 2021, justamente quando ainda estarão lidando com os efeitos da crise provocada pela pandemia, agora sem auxílio do governo federal.

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"Com a prorrogação, o cumprimento teria que ser feito em 2021, 2022 e 2023. Por isso, essa agenda é fundamental para que nós não gastemos esses R$ 600 milhões em multas, mas em investimentos que importam ao cidadão dentro do programa Mais MT, lançado pelo governador na última semana", disse Gallo, lembrando que é preciso ajustar os gastos também para a realidade trazida pela pandemia, que aumentou consideravelmente os investimentos em Saúde.

Contudo, a votação do projeto ainda depende da desobstrução da pauta da Câmara pelos líderes governistas. Como o assunto é de interesse dos Estados, ficou acertado na reunião com Maia que os governadores iriam articular junto aos parlamentares para conseguirem retomar as votações e assim garantir a aprovação do projeto.

O governador Mauro Mendes (DEM) saiu da reunião com alguma esperança. Ele declarou, na manhã desta quarta-feira (4), que o assunto está sendo bem conduzido e que há chances de chegar a um acordo com o governo federal para ‘aliviar’ as multas.

“Eu diria que esse assunto está sendo bem conduzido para a gente conseguir essa negociação com o governo federal e até mesmo com a intermediação do Congresso Nacional”, disse.

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