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Política Sexta-feira, 26 de Novembro de 2021, 07:15 - A | A

Sexta-feira, 26 de Novembro de 2021, 07h:15 - A | A

SONHANDO COM O SENADO

Com medo de ser "fritado" outra vez, Medeiros tenta derrubar candidatura de Fagundes

Ida de Bolsonaro para o PL lançou dúvidas sobre a candidatura do deputado em 2022

Gabriel Soares

Editor-Chefe | Estadão Mato Grosso

O deputado federal José Medeiros (Podemos) está articulando para evitar ser ‘fritado’ mais uma vez em sua tentativa de conquistar uma vaga no Senado. Em entrevista na noite de quarta-feira (24), Medeiros afirmou que pretende ‘conversar muito’ com o presidente Jair Bolsonaro para garantir apoio à sua candidatura em 2022.

Bolsonarista ‘de carteirinha’, Medeiros sonha em ter o apoio do presidente para disputar o cargo de senador, o que aumentaria suas chances de ter sucesso nas urnas. No entanto, a filiação de Bolsonaro ao PL lançou dúvidas sobre essa possibilidade, já que o partido definiu como prioridade a reeleição do senador Wellington Fagundes, que preside o diretório estadual da sigla em Mato Grosso.

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“Tem que conversar muito e ficar ‘rouco de ouvir’. O PL tem um candidato ao Senado e, como eu também estou pré-candidato ao Senado, dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço, então a gente precisa conversar muito a respeito disso”, disse Medeiros.

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O deputado lembrou que já foi ‘fritado’ durante as eleições de 2018, quando pretendia disputar o Senado pelo Podemos. Na ocasião, a candidata da sigla foi a ex-juíza Selma Arruda, em uma chapa que contou com o PL de Fagundes e até o PT. Selma acabou cassada e Medeiros foi novamente preterido pelo presidente na eleição suplementar para reocupar seu cargo. Em 2020, Bolsonaro acabou apoiando a Coronel Fernanda (Patriota), que ficou em 2º lugar, e Medeiros acabou em quarto.

Ao analisar o pleito anterior, Medeiros avalia que poderia ter conseguido se eleger junto com Selma e demonstrou certa mágoa por ter sido “varrido” da chapa. Agora, ele diz não aceitar o argumento de que Fagundes é o ‘candidato natural’ do grupo.

“O argumento que o PL tem usado muito forte com ele é que o senador Wellington Fagundes é um candidato natural e tá indo à reeleição. Agora, o argumento que eu tenho usado é que quando eu era candidato à reeleição, isso não foi levado em conta também. Eu fui tirado da chapa do PL, fui varrido, nos últimos dias. E você há de convir comigo que naquele momento, se eu tivesse sido candidato ao Senado, talvez teria tido uma boa chance, junto com a senadora Selma, de ser eleito. Esse negócio de que é natural ou não é natural não pode valer só pra um”, afirmou.

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Por hora, nem mesmo o partido de Medeiros para 2022 está certo. Isso porque o Podemos pretende lançar o ex-juiz Sérgio Moro à Presidência, mas Medeiros quer seguir com Bolsonaro. Diante da diferença de posicionamento, o deputado já foi ‘convidado a sair’ da legenda pelo senador Álvaro Dias, líder do Podemos no Congresso.

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