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Política Terça-feira, 29 de Abril de 2025, 12:30 - A | A

Terça-feira, 29 de Abril de 2025, 12h:30 - A | A

ALVO DE OPERAÇÃO

Chico diz que somente seu celular foi apreendido: “quem não deve, não teme”

Thiago Portes

Repórter | Estadão Mato Grosso

Fernanda Leite

Repórter | Estadão Mato Grosso

Alvo da Operação Perfídia, que investiga corrupção, o vereador Chico 2000 (PL) disse que apenas seu celular foi apreendido durante a ação da Polícia Civil em sua casa, na Capital, na manhã desta terça-feira, 29 abril. Além de Chico, Sargento Joelson (PSB) também é  suspeito de ter solicitado propina para aprovar uma lei que permitiu ao município realizar pagamentos à empresa responsável pelas obras do Contorno Leste.

A denúncia levou a Polícia Civil de Mato Grosso a deflagrar, nesta terça-feira (29), a Operação Perfídia, com o objetivo de investigar o esquema de corrupção no Legislativo municipal.

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“Apreenderam meu celular. Na minha casa, não apreenderam nada. Olharam o que quiseram, eu entreguei meu celular e a senha do meu celular. Vieram no meu gabinete, não apreenderam nada”, disse Chico.

A juíza Edina Ederli Coutinho, decidiu afastar os parlamentares envolvidos, que terão o exercício de suas funções públicas suspensos por tempo indeterminado. Caso o afastamento seja mantido, os suplentes devem assumir as vagas no Legislativo municipal.

Apear da investigação, Chico disse que não teme a operação e que irá provar que não tem envolvimento. “Tudo isso será desmistificado, quem não deve, não teme”, falou.

OPERAÇÃO 

A investigação começou após uma denúncia recebida pela DECCOR em 2024, apontando que os vereadores teriam exigido vantagem indevida de um funcionário da construtora para viabilizar, via aprovação legislativa, o recebimento de valores devidos pela Prefeitura em 2023. Parte da propina teria sido depositada em conta bancária indicada por um dos vereadores, enquanto outra parte teria sido paga em dinheiro, dentro de um gabinete parlamentar.

Como medidas cautelares, os envolvidos estão proibidos de manter contato entre si, com testemunhas e servidores da Câmara, de acessar o Legislativo e o canteiro de obras do Contorno Leste, e também de deixar Cuiabá sem autorização judicial. Todos devem entregar seus passaportes à Justiça.

O nome da operação, “Perfídia”, remete ao significado da palavra: ação traiçoeira ou que contraria compromissos assumidos.

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