O juiz da 5ªVara Criminal de Várzea Grande, Luís Augusto Veras Gadelha, manteve a prisão Ricardo Batista Ambrózio, 44 anos, apontado como um dos principais chefes do Primeiro Comando da Capital (PCC). Ricardo havia sido preso ainda na noite desta quinta-feira e teve a prisão convertida em preventiva após audiência de custódia realizada nesta sexta-feira, 04 de julho. Ricardo estava foragido da Justiça há uma década e tinha como trabalho aumentar a influência do PCC para fora de São Paulo.
Conforme informado pela reportagem do Estadão Mato Grosso, Ricardo estava escondido no bairro Costa Verde, em Várzea Grande e usava documentos falsos. Os policiais conseguiram chegar no faccionado após suspeitas relacionadas a documentos de dois adolescentes, que no fim revelou-se que eles eram filhos dele.
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“Aí começamos a fazer todo esse trabalho de investigação e conseguimos identificar tanto o pai, como a mãe e os adolescentes estavam com documentos falsos. E ai fazendo esse trabalho conjunto aí com a Politec, com a Polícia Civil de São Paulo, com nossa Diretoria de Inteligência, a gente conseguiu confirmar que esse indivíduo era o Ricardo, conhecido como o “sintonia final das ruas”, de uma facção criminosa de São Paulo (PCC)”, declarou o delegado Gustavo Godoy.
Segundo o Ministério Público de São Paulo, Ricardo é considerado um dos principais elos entre integrantes da facção dentro e fora dos presídios.
Em audiência, Ricardo disse ser autônomo, viver em união estável, ter ensino médio incompleto, ser portador de HIV/Aids, diabetes e fibromialgia, além de ser usuário de maconha. Por fim o homem ainda ter um filho dependente de oito anos.
Em sua decisão, Luís Augusto ressaltou que a liberdade provisória seria “inadequada e insuficiente” devido ao alto cargo de liderança de Ricardo no PCC.
CELA ISOLADA
A Justiça determinou, que deve se providenciar um local adequado para manter o preso por conta da sua influência no PCC. O Juízo de São Bernardo do Campo (SP) foi comunicado para regularizar a condenação que motivou o mandado de prisão expedido em 2016.
Sendo do PCC, Ricardo deve ser isolado para não ter contato com membros da mesma facção e também para a sua segurança, já que em Mato Grosso é travada uma guerra entre a facção paulista e seu maior rival, o Comando Vermelho, que tem grande parte das suas lideranças detidas na Penitenciária Central do Estado.
