O deputado estadual Eduardo Botelho (DEM) pediu cautela durante a análise da proposta feita pelo seu colega de parlamento, Wilson Santos (PSDB), para aumentar o limite de público nos estádios durante eventos esportivos. Em conversa com jornalistas nesta terça-feira (5), Botelho lembrou que a pandemia ainda não foi completamente superada e, por isso, o momento ainda não é propício para essa discussão.
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A proposta de Wilson prevê aumentar o limite de público nos estádios para 50% imediatamente, chegando a 100% em novembro. Já Botelho defendeu que se espere o avanço da vacinação antes de pensar em mais liberações.
“Temos que ter cautela, ver como vai ser o funcionamento. De repente pode aparecer uma nova variante. Temos que ir com cautela. A vacinação está avançando e estamos indo para uma terceira dose para os idosos, que vai começar a ser fornecida. O melhor é a cautela, voltarmos com certa restrição e distanciamento. Penso que é o melhor caminho. Não acredito que seja o momento de liberar geral”, disse.
A proposta de Wilson é que seja facilitada a volta dos torcedores na Arena Pantanal, principalmente para acompanhar o Cuiabá, que representa o futebol mato-grossense no Campeonato Brasileiro. Atualmente só podem entrar no estádio torcedores que tenham feito exame RT-PCR contra a covid-19 em até 48h antes do evento, ou as pessoas que já tiverem sido vacinadas com as duas doses.
“É um projeto simples que facilita a entrada do torcedor na Arena Pantanal e demais estádios de Mato Grosso. Em vez de pedir um exame caro de PCR, [vamos pedir] um que detecta antígeno, é muito mais fácil. Estamos prevendo a volta do público de 50% em outubro e novembro em 100%, como já acontece em várias capitais e estados”, defendeu Wilson.
PROBLEMAS À VISTA
A volta da torcida à Arena Pantanal no último sábado (2) foi marcada pelo descumprimento dessa norma básica - o uso de máscara. Nas arquibancadas, era visível que grande parte do público retirou a proteção facial para torcer.
Também não há garantia de que o aumento da capacidade resultará em maior venda de ingressos. Na partida de sábado, apenas 2.426 pessoas foram à Arena, sendo que a lei permitia a venda de até 14 mil ingressos. O Cuiabá Esporte Clube avalia que a exigência de apresentação de um teste RT-PCR negativo afastou o público, já que o valor do exame varia de R$ 150 a R$ 400 nos laboratórios.
Por isso, a diretoria do clube já pediu à Assembleia Legislativa que libere também o teste de antígeno como comprovante, pois o método é mais barato e rápido que o RT-PCR.