O prefeito Abilio Brunini (PL) afirmou que vai substituir os radares eletrônicos por lombadas eletrônicas nas vias da capital. Em conversa com a reportagem do Estadão Mato Grosso nesta quarta-feira, 11 de junho, ele explicou que o contrato com a empresa responsável pela fiscalização está perto do fim e não será renovado, para que os equipamentos sejam removidos assim que o vínculo for encerrado. Segundo ele, a decisão tem como objetivo aumentar a transparência e evitar que a fiscalização tenha foco apenas em multar os motoristas.
“Eu não quero mais radares. Eu quero mudar isso. Já o contrato com a empresa, não dá para a gente tentar prorrogar, porque trata-se de radares. Eu não quero mais radares. Eu quero tirar os radares, essas caixas que são colocadas dessa forma”, declarou.
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Segundo o prefeito, a ideia é adotar como padrão as lombadas eletrônicas, que são mais visíveis e contam com display que exibe a velocidade no momento da passagem do veículo. Para Abilio, esse formato contribui mais para a educação no trânsito.
“Eu quero a chamada lombada eletrônica, que é aonde você passa, vê a velocidade que você passou, é bem identificado onde está”, explicou.
Como o atual contrato não prevê esse tipo de equipamento, a prefeitura precisará abrir uma nova licitação ou aderir a uma ata de preços para contratar outra empresa que forneça os novos equipamentos.
“Naturalmente, a empresa vai remover os produtos, porque são produtos locados dela, né? E, assim que ela remover, a gente tomará outras providências”, explicou.
Abilio reconheceu que as lombadas eletrônicas são mais caras para os cofres públicos. No entanto, o prefeito avalia que o modelo é mais justo com a população, pois, em sua avaliação, os radares funcionam apenas como 'caça-níqueis'.
“Ele é mais caro para o município, mas mais barato para o cidadão. Esse que está escondido é mais barato para o município, mas sai mais caro para o cidadão. Porque ele tem uma característica quase que de caça-níquel”, criticou.
Abilio também questionou a eficácia dos radares atuais na redução da velocidade. Para ele, o objetivo deve ser a segurança no trânsito, e não a aplicação de multas.
“Se a ideia do radar é a redução da velocidade, o cidadão furando o radar, tomando multa, ele passou acima do limite de velocidade, então não teve o efeito que a gente ia esperar, teve apenas o efeito punitivo”, afirmou .
Ao defender a mudança, o prefeito concluiu que o foco da prefeitura deve estar na adequação das vias para garantir a segurança de motoristas e pedestres.
“Não pode ser interesse do município a aplicação da multa. O interesse do município tem que ser a adequação da via à velocidade necessária para a segurança tanto do condutor quanto do das pessoas que passam no local”, finalizou.
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