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Polícia Quarta-feira, 11 de Novembro de 2020, 09:58 - A | A

Quarta-feira, 11 de Novembro de 2020, 09h:58 - A | A

MANÍACO DO HIV

Vítimas têm primeira audiência com criminoso que as infectou

Jefferson Oliveira
Cuiabá

Haroldo Duarte da Silveira, 32, que foi preso em agosto de 2019 após infectar vítimas propositalmente com o vírus da imunodeficiência humana (HIV), participou nesta terça-feira (10), no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) da primeira audiência que ele configura como réu por tentativas de feminicídio.

O acusado, que ficou conhecido nacionalmente por “maníaco do HIV”, participou da audiência que foi conduzida pelo juiz Jeverson Luiz Quinteiro.

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Por conta da pandemia do novo coronavírus, mesmo réu, testemunhas e vítimas estando no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), a audiência ocorreu por meio de videoconferência.

Na ocasião, o acusado afirmou que sabia ser portador do vírus desde 2007.

Duas audiências aconteceram com as vítimas de Haroldo. Jeverson, além das vítimas e criminoso, ouviu também seis testemunhas. Haroldo ficou preso por 97 dias no Centro de Ressocialização da Capital (CRC).

O criminoso foi colocado em liberdade mediante medidas cautelares e atualmente faz o uso de tornozeleira eletrônica e as vítimas dele possuem botão do pânico, para evitar que o maníaco se aproxime delas. O caso segue em segredo de justiça.

O resultado da sentença ainda não foi proferido por Jeverson e outras audiências devem acontecer nos próximos dias. O Ministério Público Estadual (MPE), ofereceu três denúncias contra o acusado.

O caso

De acordo com as investigações da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher (DEDM) de Cuiabá, as vítimas procuraram a Polícia Civil para prestar queixa, após descobrirem que em comum, além de serem ex-companheiras do acusado, também haviam contraído HIV de Haroldo

Segundo a delegada Nubya Beatriz Gomes dos Reis, a materialidade foi verificada após lexames laboratoriais das vítimas e do suspeito, o qual sequer poderia alegar desconhecer carregar o vírus.

Nubya Beatriz Gomes dos Reis, na época relatou que indiciou Haroldo por quatro tentativas de feminicídios, pois de acordo com as investigações, o maníaco do vírus agiu com dolo na modalidade eventual, pois assumiu o risco de infectar suas parceiras com doença que se não detectada e tratada poderia levá-las a morte. “Sendo assim o indiciei pelo crime de feminicídio tentado, quatro vezes”.

Haroldo, que trabalha como caminhoneiro, e há mais de 12 anos possui o vírus, pode ter feito vítimas em outras cidades do interior de Mato Grosso e também outros estados brasileiros.

Álbum de fotos

Arquivo Pessoal

Arquivo Pessoal

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