O vereador Marcos Paccola (Republicanos) classificou como 'bizarro' o posicionamento do Ministério Público de Mato Grosso, que o cusa de atirar e matar o agente socioeducativo Alexandre Miyagawa para se promover politicamente. O vereador também afirmou que faria tudo novamente e que não se arrepende de ter agido.
“Chega a ser bizarro ver o Ministério Público falar que eu desci para poder as pessoas perceberem que eu estava lá. Acho que cada um, infelizmente, se mede pela própria régua. Mas, em momento algum, [tive] interesse de aparecer. Eu desci, fui quieto, conversei com as pessoas. Eu acho que o MP, foi a única forma que ele conseguiu para, de alguma maneira, dar sequência da denúncia”, disse o parlamentar, em entrevista ao programa SBT comunidade, na última segunda-feira (15).
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Ainda durante a entrevista, o parlamentar disse que não vai se licenciar do cargo de vereador e que vai continuar os trabalhos, mesmo com a campanha para deputado estadual e respondendo ao processo criminal. Paccola foi indicado por homicídio qualificado, por motivo torpe e por uso de recurso que impossibilita a defesa da vítima, ao atirar pelas costas.
Paccola disse que tinha a obrigação de agir, já que o porte de arma dele é ‘funcional’, por ser militar. Ele ainda sustentou que seu porte de arma dele é justamente para defender a si próprio e a terceiros. O vereador também explicou que não existe treinamento para que atirasse na perna ou em outra região do corpo, que pudesse neutralizar a suposta ameaça.
"Esse é um questionamento muito feito, principalmente por quem desconhece a atividade policial e a atividade de defesa e autoproteção. Primeiro questionamento que eu falo é com relação ao treinamento. Não existe alvo com pernas, para começar. Não existe esse treinamento de atirar nas pernas”, disse.
“Quero lembrar um caso de 2013, em Tangará da Serra, onde uma circunstância parecida com essa. Ele (policial) estava rendendo um possível estuprador na rua e o tenente Salomão viu a cena, interviu. Na intervenção o tenente Salomão deu um tiro na perna dele, ele tomou um tiro na perna, virou e deu um disparo, acertando o peito do tenente Salomão, vindo à óbito”, disse.
Paccola aponta que no momento em que falou para largar a arma, Alexandre teria feito menção de que iria se virar. O vereador afirma ainda que a trajetória do primeiro tiro indica isso, pois teria entrado na parte lateral das costas e saído pelas axilas.