Suspeita de ter matado uma adolescente grávida, Nataly Helen Martins Pereira contou para conhecidos que perdeu um bebê em agosto de 2024 e, desde então, buscava mulheres grávidas que quisessem doar o filho. Uma mulher, que não quis se identificar, conversava com a suspeita e contou ao Programa do Pop que Nataly não poderia mais ter filhos, exibindo um print da conversa. Nataly foi presa na noite desta quarta-feira, 12 de março, após tentar registrar uma bebê alegando que deu à luz em casa.
Nataly é suspeita de ter atraído e assassinado a adolescente Emelly Azevedo Sena, de 16 anos, que estava grávida de 9 meses. Além dela, foram presos o chef de cozinha Christian Albino Cebalho de Arruda, esposo de Nataly, e dois homens da mesma família.
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A mulher que expôs a conversa com a suspeita mostrou imagens de uma conversa na qual Nataly afirma que estava buscando uma grávida que quisesse doar a criança.
Enquanto a reportagem era exibida no Programa do Pop, outras mulheres grávidas enviavam mensagens dizendo que também conversaram com Nataly, que sempre prometia doações de roupas e outras benfeitorias.
SOBRE O CASO
Emelly Azevedo Sena, 16 anos, estava grávida de 9 meses quando desapareceu na quarta-feira, 12 de março, após sair do Jardim Eldorado, em Várzea Grande, para buscar um suposto enxoval de bebê no Jardim Florianópolis, em Cuiabá, a cerca de 24 quilômetros de distância. Nataly Helen Martins Pereira atraiu a jovem com a promessa de doação de roupas para o bebê.
Na noite do mesmo dia, Christian e Nataly foram presos em flagrante ao tentarem registrar uma recém-nascida em um hospital de Cuiabá, alegando que o parto havia ocorrido em casa. Porém, exames médicos apontaram que a mulher não apresentava sinais de puerpério. Testes de DNA ainda devem confirmar se a criança encontrada com os suspeitos é filha da vítima.
O corpo de Emelly foi encontrado na manhã desta quinta-feira, 13, enterrado no quintal da residência do casal, onde foi deixada pelo motorista de aplicativo no dia anterior.
A Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga o caso, que aponta para um possível crime de feminicídio, subtração de recém-nascido e ocultação de cadáver.