A vereadora Marilda de Fatima Giraldelli, a “Baixinha”, afirmou que acredita piamente na inocência de seu chefe de gabinete, Rafael Francisco Pinto, que foi alvo da Polícia Judiciária Civil (PJC) nesta quinta-feira, 8 de maio. Ele é suspeito de integrar um esquema que desviou R$ 22 milhões da Companhia Mato-Grossense de Mineração (Metamat). Baixinha conversou com a imprensa na Câmara Municipal de Cuiabá na manhã desta sexta, 9.
“Eu sei que ele não fez nada de errado [...] para mim, ele realmente é inocente, porque eu conheço a índole dele... deixa a polícia investigar os outros, porque eu não tenho nada com isso”, afirmou.
- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)
- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)
Giraldelli ainda saiu em defesa de seu “braço direito”, afirmando que, enquanto esteve lotado na Metamat, Rafael não assinou nenhum contrato irregular, assim como não cabia a ele fazer contratações para a autarquia.
A parlamentar pontuou que, embora acredite na inocência dele, caso as investigações comprovem a participação de Rafael, ele deverá ser afastado de suas funções.
“Todo mundo acusar é fácil... tem que ter prova [...] a pessoa tem que cumprir [a lei] independente do que for, se for uma bala, uma carne, milhões, colarinho branco...”, pontuou.
Baixinha foi questionada sobre a permanência do servidor em sua equipe, uma vez que foi alvo de operação policial. Acontece que, em casos semelhantes, uma das primeiras atitudes dos órgãos públicos é justamente exonerar os alvos da operação, medida que não foi adotada por ela.
ESQUEMA
A Operação Poço Sem Fundo foi deflagrada pela Polícia Judiciária Civil na manhã desta quinta-feira, 8 de maio, para cumprimento de 226 decisões judicias. As investigações foram iniciadas a partir de uma denúncia do próprio Governo do Estado, que descobriu uma organização criminosa que fraudava a execução de contratos para perfuração de poços artesanais.
Auditorias realizadas pela Controladoria-Geral do Estado (CGE) apontam para um prejuízo de R$ 22 milhões.
Conforme as investigações, o crime a partir de 2020. A autarquia existiu até o final do ano passado, mas foi extinta pelo Governo do Estado, num projeto de reformulação das empresas públicas de Mato Grosso.