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Polícia Terça-feira, 12 de Agosto de 2025, 12:20 - A | A

Terça-feira, 12 de Agosto de 2025, 12h:20 - A | A

OPERAÇÃO ITA YUBÁ

PF mira quadrilha que girou R$ 200 milhões com ouro e pedras preciosas ilegais em MT

Conforme investigado, os suspeitos abasteciam empresas do setor de joias, lavavam dinheiro com as vendas e promoviam o 'enriquecimento ilegal'

g1

Uma operação da Polícia Federal investiga suspeitos de movimentar cerca de R$ 200 milhões com a extração e venda ilegal de ouro e de outras pedras preciosas. Nesta terça-feira (12), estão sendo cumpridos 31 mandados de busca e apreensão em Goiás, Mato Grosso, Pará, Tocantins, Maranhão, São Paulo, Minas Gerais e no Distrito Federal (veja a lista de cidades abaixo).

Segundo a corporação, a Operação Ita Yubá tem como alvo um grupo que comprava, transportava e vendia minérios ilegalmente. Como os nomes dos investigados não foram divulgados, o g1 não conseguiu localizar as defesas para que pudessem se posicionar até a última atualização desta reportagem.

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Conforme investigado, os suspeitos abasteciam empresas do setor de joias, lavavam dinheiro com as vendas e promoviam o "enriquecimento ilegal".

A polícia apreendeu barras de ouro, dinheiro e veículos, e determinou o sequestro de apartamentos, casas e fazendas, além de duas aeronaves.

Confira a lista de cidades com mandados de busca e apreensão:

Capanema e Cumaru do Norte no Pará
Luís Domingues do Maranhão
Pontes e Lacerda no Mato Grosso
Palmas no Tocantins
Goiânia, Senador Canedo, Aparecida de Goiânia e Uruaçu em Goiás
Uberlândia em Minas Gerais
São José do Rio Preto em São Paulo
Brasília no Distrito Federal

Investigação

De acordo com Sandro Paes Sandre, chefe da Delegacia do Meio Ambiente, as investigações iniciaram há aproximadamente dois anos com a primeira fase da Operação Sólidos, em que foi identificado um grupo especializado na extração, aquisição, transporte e comercialização do ouro em natura.

"Identificamos, naquela oportunidade, garimpeiras que estariam fazendo a extração de ouro de leitos de rios na região norte do estado de Goiás e vendendo de forma clandestina para uma pessoa que estava adiquirindo e repassando na forma de barra de ouro para alguns receptadores", pontuou.

O delegado explicou que a partir da análise dos celulares apreendidos na época foi possível detectar um grupo crimonoso de maior atuação, no território goiano, no Distrito Federal e mais outros estados.

"Essas pessoas adquiriam esse ouro em natura, fundiam o ouro para transformá-lo em barras e vendiam para empresas interessadas em sua aquisição no estado de São Paulo", disse Sandre.

A Polícia Federal identificou que esse ouro era extraído de áreas não autorizadas pela Agência Nacional de Mineração (ANM) e sem licenciamento ambiental.

Na primeira fase da operação, a polícia descobriu um laboratório no fundo de uma empresa de Goiás, onde o mineral era fundido. Já na segunda etapa, um laboratório desativado foi localizado no Tocantins e outro em Goiânia.

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