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Brasil Terça-feira, 12 de Agosto de 2025, 08:45 - A | A

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FRAUDE DE R$ 1 BI

Dono da Ultrafarma é preso em operação por esquema de propina e de créditos tributários

Diretor da Fast Shop e um auditor fiscal tributário da Secretaria de Estado da Fazenda também foram presos. Operação mira um esquema de corrupção de mais de R$ 1 bilhão.

g1

O dono e fundador da Ultrafarma, Sidney OIiveira, foi preso na manhã desta terça-feira (12) em uma operação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) para desarticular um esquema de corrupção envolvendo auditores fiscais tributários da Secretaria de Estado da Fazenda.

Ele foi encontrado em casa, uma chácara em Santa Isabel, na Grande São Paulo.

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O g1 e a TV Globo procuraram a empresa e a Secretaria de Estado da Fazenda, mas não haviam obtido retorno até a última atualização deste texto. A reportagem também tenta localizar a defesa do empresário.

A investigação identificou um auditor fiscal estadual de alto escalão acusado de comandar um esquema de fraudes em créditos tributários que teria arrecadado em propinas, segundo promotores, cerca de R$ 1 bilhão desde 2021.

Esse auditor, chamado Artur Gomes da Silva Neto, é supervisor da Diretoria de Fiscalização (DIFIS) da Fazenda estadual paulista e também foi preso na operação.

Outro preso é o diretor estatutário do grupo Fast Shop Mario Otávio Gomes, que foi encontrado em um apartamento na Zona Norte de São Paulo. A reportagem também procurou a Fast Shop, mas não havia obtido retorno.

Além dos três mandados de prisões, os agentes cumprem diversos mandados de busca e apreensão em endereços residenciais dos alvos e nas sedes das empresas investigadas.

Na casa de um dos investigados no esquema, em Alphaville, alvo de busca e apreensão, promotores e policiais encontraram e apreenderam dinheiro vivo e pacotes de esmeralda. 

De acordo com a investigação conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão aos Delitos Econômicos (GEDEC), o fiscal manipulava processos administrativos para facilitar a quitação de créditos tributários às empresas. 

Em contrapartida, ele recebia pagamentos mensais de propina por meio de uma empresa registrada em nome de sua mãe.
 
Segundo o Ministério Público, a operação é fruto de meses de trabalho investigativo, com análise de documentos, quebras de sigilo e interceptações autorizadas pela Justiça.

Os investigados poderão responder pelos crimes de corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

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