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Polícia Quarta-feira, 10 de Novembro de 2021, 06:50 - A | A

Quarta-feira, 10 de Novembro de 2021, 06h:50 - A | A

OPERAÇÃO BEREU

Membros do Comando Vermelho que atuavam no Tijucal são alvos de operação

Jefferson Oliveira

Repórter | Estadão Mato Grosso

A Polícia Civil deflagrou nas primeiras horas desta quarta-feira (10) a operação Bereu para cumprir 52 mandados judiciais contra membros do Comando Vermelho (CV-MT), que eram liderados por presos da Penitenciária Central do Estado (PCE). Os alvos da operação atuavam principalmente na região do bairro Tijucal, na Capital.

De acordo com a polícia, o grupo investigado pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) agia exigindo pagamento de taxas a moradores da região. Entre os valores cobrados, estão pagamentos para integrarem a facção criminosa, cobranças de empresários do bairro para que o estabelecimento não fosse alvo de roubos e furtos e também taxas cobradas para que “bocas de fumo” pudessem funcionar na região.  

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De dentro da PCE um dos líderes da facção emanava ordem aos subordinados. Já do lado de fora da unidade prisional, o líder tinha à disposição duas pessoas identificadas como "braço direito” do criminoso. As determinações eram feitas por meio de cartas, que são conhecidas dentro de unidades prisionais como `bereu’, nome que deu origem à operação.

Nas cartas escritas pelo líder da facção que os investigadores conseguiram interceptar, constavam as mais variadas ordens de como os criminosos que estavam nas ruas deveriam agir e cumprir as determinações.

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Em análise do conteúdo das cartas, policiais da GCCO identificaram a exigência da cobrança de taxas aos integrantes do grupo criminoso. Em caso de inadimplência, eram aplicadas sanções, como agressões físicas. As cartas demonstraram ainda que o tráfico de drogas no Tijucal era dominado pelo grupo, com a cobrança de pagamentos para o comércio de entorpecente, assim como a droga vendida era fornecida pela própria organização criminosa.

O inquérito policial instaurado pela GCCO comprovou, até o momento, que pelo menos 20 pessoas foram cadastradas para participarem e integrarem a organização criminosa.

Os investigados poderão responder pelos crimes de integrar organização criminosa, tráfico de drogas, associação para o tráfico, entre outros crimes correlatos. Os policiais cumpriram na operação 25 ordens de prisão e 27 ordens de busca e apreensão.

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